O Santo Padre Pio e o pecado do aborto
25.09.2015 -
O rigor do Padre Pio diante do pecado de aborto salvava as almas dos pecadores. Ele tinha certeza de que tal pecado não podia ser tratado com banalidade.
Certa vez, o Pe. Pellegrino disse ao Padre Pio: “O Senhor esta manhã negou a absolvição a uma senhora porque esta fez um aborto. Por que foi tão rigoroso com aquela pobre desgraçada?”
Respondeu o Padre Pio: “O dia em que as pessoas (…) perderem o horror ao aborto, este será um dia terrível para a humanidade. (…) O aborto não é somente um homicídio, mas também um suicídio. E, para aqueles que estão à beira de cometer com um só golpe um e o outro delito, temos que ter a coragem de mostrar a nossa Fé?”
“Por que suicídio?”, perguntou o Pe. Pellegrino.
Atacado por uma daquelas, não habituais fúrias divinas, compensadas por uma ilimitada doçura e bondade, Padre Pio respondeu:”Entenderia esse suicídio da raça humana se, com o olho da razão, o Sr. visse a terra povoada de velhos e despovoada de crianças, queimada como um deserto. Se refletisse assim, entenderia a dupla gravidade do aborto: a mutilação também da vida dos genitores.
“A estes genitores, espalharei a cinza dos seus fetos destruídos, para mostrar as suas responsabilidades e para negar a eles a possibilidade de apelar a própria ignorância. Um aborto provocado não pode ser tomado com falsas considerações e falsa piedade. Seria uma abominável hipocrisia. Aquelas cinzas precisam ser jogadas nas faces dos seus pais assassinos. Se eu lhes deixar sentido inculpados, me sentirei envolvido em seus próprios delitos.
“Veja, eu não sou santo e também jamais me senti próximo da santidade, quando digo palavras, talvez, um pouco fortes, mas justas e necessárias àqueles que cometem esse crime, eu estou certo de ter obtido a aprovação de Deus para o meu rigor”.
Em seguida, o Pe. Pellegrino objetou que, se não se consegue eliminar as fixações obsessivas da mente daqueles que praticaram o aborto, seria inútil maltratá-los com o rigor da Igreja. O Padre Pio, então, lhe disse: “O meu rigor, enquanto defende a vinda das crianças ao mundo, é sempre um ato de fé e de esperança”.
Certo dia, na sacristia, em frente ao confessionário no qual o Padre Pio atendia os penitentes, esperava pela sua vez um homem chamado Mario Tentori. Enquanto fazia seu exame de consciência, ouviu o Padre Pio gritar: “Vai embora, animal, vai embora…!”. As palavras do Santo estavam direcionadas a um homem que, apenas havia se ajoelhado, saia de dentro do confessionário humilhado, agitado e confuso.
No outro dia, Mario pegou o trem para Foggia para retornar a Milão. Tomou lugar no compartimento no qual havia um só viajante que começou a observá-lo e exprimia uma vontade de iniciar uma conversa. Finalmente, perguntou o viajante : “Você, ontem, não estava em San Giovanni Rotondo, na sacristia, para se confessar com o Padre Pio?”
“Sim”, respondeu Tentori.
Retomou o outro: “Nós estávamos sentados no mesmo banco, eu o antecedia. Eu sou aquele que o Padre Pio chamou de ‘animal’. Se lembra?”
“Sim”, disse Mario.
Continuou o companheiro de viagem: “Vocês que estavam perto do confessionário talvez não ouviram as palavras que motivaram o Padre Pio a me mandar embora. Ora, o Padre Pio me disse: ‘Vai embora, animal, vai embora, porque, de acordo com a sua esposa, você abortou três vezes’. Entendeu? O Padre Pio disse ‘você abortou!’. Se dirigiu a mim, porque a iniciativa de minha esposa abortar partiu de mim.”
E começou um pranto que exprimia – como ele mesmo confessou – dor, vontade de não pecar e a firme determinação de voltar ao Padre Pio para receber a absolvição e mudar de vida.
O rigor do Padre Pio havia salvado a vida de um pai que, após ter negado a vida a três de seus filhos, estava correndo o perigo de perder a sua própria alma por toda a eternidade, caso o Padre Pio tivesse banalizado o pecado cometido.
(Trechos extraídos da obra “Il Padre San Pio da Pietralcina, la missione di salvare le anime”, di P. Marcellino Iasenza Niro, Edizioni Padre Pio da Pietralcina, 2004)
Fonte: http://ipco.org.br
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Lembrando o artigo publicado em 03.11.2014
Uma Visão Profética do Padre Pio de Pietrelcina
Por Cristina Siccardi – Corrispondenza Romana | Tradução: Fratres in Unum.com -
Existe na história da Igreja, além da leitura dos acontecimentos, real ou falsa, uma outra leitura, a dos místicos, que têm o privilégio de ser objeto da predileção divina e, portanto, de serem informados diretamente pelo Céu sobre os eventos, fazendo-se de porta-vozes dos anúncios sobrenaturais e das profecias.
Nos tempos atuais de confusão, mistificação, engano e erro da e na Fé, torna-se muito interessante ler o que o Padre Pio de Pietrelcina escreve a seu confessor, Padre Agostinho, em 7 de abril de 1913. Nesse sofrido escrito o santo descreve uma aparição de Cristo agonizante devido ao comportamento dos sacerdotes indignos.
“Na sexta-feira de manhã eu me encontrava ainda na cama, quando Jesus me apareceu. Estava todo maltratado e desfigurado. Ele me mostrou uma grande multidão de sacerdotes regulares e seculares, entre os quais diversos dignitários eclesiásticos; destes, alguns estavam celebrando, outros se desviando, e outros se despindo das vestes sagradas.
“A visão de Jesus angustiado causava-me muita pena, por isso quis Lhe perguntar por que sofria tanto. Não obtive nenhuma resposta. Contudo, seu olhar se dirigiu para aqueles sacerdotes; mas pouco depois, quase horrorizado e como se fosse parar de fitar, retirou o olhar e, quando o voltou para mim, observei com grande horror duas lágrimas que Lhe sulcavam o rosto. Distanciou-se daquela turba de sacerdotes com uma grande expressão de desgosto na face, gritando: ‘Açougueiros!’
“E voltando-se para mim, disse: ‘Meu filho, não acredites que minha agonia foi de três horas, não; Eu estarei, por causa das almas mais beneficiadas, em agonia até o fim do mundo. Durante o tempo da minha agonia, meu filho, não se deve dormir.
“‘Minha alma vai em busca de algumas gotas de compaixão humana, mas infelizmente me deixam sozinho sob o peso da indiferença. A ingratidão e o sono de meus ministros tornam minha agonia mais pesada. Oh, como correspondem mal ao meu amor! O que mais me aflige é que à indiferença essas pessoas juntam o desprezo, a incredulidade.
“‘Quantas vezes Eu estive para fulminá-los, se não tivesse sido contido pelos anjos e pelas almas enamoradas de Mim… Escreve ao teu confessor e narra-lhe o que viste e ouviste de Mim esta manhã. Diz-lhe que mostre a tua carta ao Provincial …’. Jesus ainda continuou, mas o que Ele disse não posso jamais revelar a criatura alguma neste mundo. Essa aparição me causou uma tal dor no corpo, mas ainda mais na alma, que durante todo o dia fiquei prostrado e julguei que fosse morrer, se o dulcíssimo Jesus já não me tivesse revelado… Jesus infelizmente tem razão para lamentar de nossa ingratidão! Quantos desgraçados de nossos irmãos correspondem ao amor de Jesus lançando-se de braços abertos na seita infame da maçonaria!
Rezemos por eles, a fim de que o Senhor ilumine suas mentes e toque seus corações. Encoraje o nosso padre provincial, que receberá do Senhor um copioso socorro de favores celestes. O bem da nossa província mãe deve ser a sua constante aspiração. Para isso devem tender todos os seus esforços. Para esse fim devem ser direcionadas as nossas orações, tudo o que possuímos. Na reorganização da província, não podemos poupar ao provincial as dificuldades, as doenças, as fadigas; contudo, cuidar para não perder o ânimo, o misericordioso Jesus sustentará a empresa. A guerra dos cossacos vai se intensificando cada vez mais, mas não tenha medo, com a ajuda de Deus” (Padre Pio da Pietrelcina, Epistolario I, por Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni, San Giovanni Rotondo 2004, pp. 350 e ss., carta no. 123).
Padre Pio, como ele assinava, demonstra com este documento o seguinte: 1) Na Igreja existem ministros que fazem agonizar e irar (desejo de fulminá-los) o Filho de Deus; 2) Esses ministros demonstram sua indiferença e ingratidão para com Quem os chamou a uma tão alta honra; 3) Eles desagradam seriamente o Senhor Jesus, a ponto de O fazerem gritar, referindo-se a eles, “Açougueiros!”, pelo fato de se aproximarem do Santíssimo Sacramento com indiferença, desprezo e descrença; 4) Eles são abertamente acusados de entrar e fazer parte da “seita infame da maçonaria”; 5) A guerra lançada pelos maçons na Igreja é cada vez mais forte (estamos no ano 1913), mas não faz temer o Padre Pio, porque ele confia na ajuda do Onipotente.
O que estamos testemunhando hoje nas nossas paróquias, nas nossas dioceses, na nossa Roma só pode confirmar o que o santo de Pietrelcina escreveu um século atrás.
Fonte: http://fratresinunum.com
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