O combate do Fim dos Tempos: O Poder do Rosário contra o demônio
15.03.2016 -
Na minha experiência de
exorcista, apercebi-me de que nenhuma oração extralitúrgica é tão
odiada, temida e hostilizada pelo demônio como o Santo Rosário.
Por Padre Francisco Bamonte.
Um dia, enquanto eu pegava o terço, o
demônio exclamou: "É uma coisa que não suporto, não suporto! Aquele
estúpido velho apelidara-a bem, tinha-lhe dado o nome certo: chamava-lhe
"arma", porque é uma verdadeira arma. Uma verdadeira arma contra nós"1.
Eu disse: "Em nome de Jesus, quem é o estúpido velho a que te referes?"
E ele: "Pio" - "Padre Pio de Pietrelcina?" - "Siiim!" Então, eu rebati:
"Não é um estúpido: é inteligente, sábio e devoto." E ele: "Para nós é
um estúpido. Ainda agora, aquele estúpido trabalha ao lado do Nazareno e
daquela mulher que está lá em cima." - "Como se chama aquela mulher que
está lá em cima?" - "Chama-se como esta (e dirige um palavrão à pessoa
possessa)."
1.
São Pio de Pietrelcina disse, um dia: "Satanás procura destruir esta
oração, mas nunca o conseguirá: é a oração daquela que triunfa sobre
tudo e sobre todos. Foi ela quem no-la mostrou, como Jesus nos ensinou o
Pai-nosso."
Um dia, ordenei ao demônio: "Descreve as
maravilhas do Rosário!" Respondeu-me: "A mim, mete-me nono." E eu:
"Para nós é maravilhoso. Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que deu a
Virgem Maria por Mãe a cada um de nós, descreve todas as coisas que te
metem nojo e que, para nós, são boas." E o demônio: "Descreve todo o
itinerário de dor que Ele ofereceu por vós e que custou tanto sofrimento
não só a Ele, mas também à sua Mãe, para vos salvar a todos, para vos
abrir as portas do Paraíso. Ela sofreu tanto, tanto quanto o Filho, e
expiou juntamente com Ele os vossos pecados. É por isso que cada conta
(do Rosário) é uma lágrima daquela Mulher que sofreu durante os três
anos que Ele padeceu por vós, evangelizou, curou e se manifestou. Tudo
fez naqueles três anos, compreendendo aquilo que realizou naquela
cinquentena, que o Papa mandou consagrar antes disto, compreendendo isso
(refere-se evidentemente aos "mistérios da Luz" que João Paulo II
ajuntou aos mistérios do Rosário).
Quando vós rezais aquele terço maldito,
tudo nos faz mal, porque contemplais tudo aquilo que ele faz contra nós.
Tudo. Naqueles três anos, Ele lutou só e exclusivamente para fazer-nos
mal e afastar as almas de nós, porque antes não era possível. Depois da
sua vinda e especialmente depois da sua revelação (pública), naqueles
três anos que contemplais nestes mistérios, vós "massacrais-nos", porque
nós revivemos os acontecimentos da sua vida, especialmente se os
contemplais oferecendo-os revivendo (em vós) os seus sofrimentos, como
esta (diz um palavrão referindo-se à pessoa possessa). Esta mulher (a
possessa, que oferece todos os seus sofrimentos a Deus) é um verdadeiro
perigo, como são outras como ela. Se, ao meditardes os mistérios desta
arma (o Rosário), vós unis os vossos sofrimentos aos deles (Jesus e
maria) e ao de todos os sofredores que Ele (Jesus) escolheu, como esta
mulher - porque ela não os escolheu para si, é Ele quem a mantém neste
estado -, então, sim, vós fazeis realmente muito mal."
Noutro exorcismo, o Maligno
disse: "Quando dizeis a Ave-Maria é como se ela tomasse o vosso espírito
e o levasse diante do Pai. Todas as vezes. Porque ela ama-vos como
ninguém mais vos ama, leva-vos lá acima consigo".
"E quando tu recordas a vida daquele
(refere-se à meditação de cada mistério durante o Rosário), para mim é
um suplício reviver todas as vezes o que aquele estabeleceu (mais um
palavrão), porque quando tu acabas, começa outro, e [quando] este deixa,
outro inicia, e este sai, outro entra. Sempre, há sempre alguém que
está a rezá-lo. Não há um instante em que não seja rezado. É uma
cantilena ininterrupta, em todas as partes do mundo. Mas, para nós, é um
fundo musical mortal. Com todos aqueles (outro palavrão) mistérios,
lembrais-nos todas as vezes o que nos fez e nos faz maaaaaal!"
E um dia 7 de outubro, dia da memória
litúrgica da Senhora do Rosário. Tirei do bolso o terço e ele disse
imediatamente: "Essas contazinhas fazem-me mal, bastardas! E também
bastardos os que o fazem! (talvez se referisse àqueles que confeccionam
os terços do Rosário)." Ordenei-lhe: "Por que te aborrecem tanto aquelas
contazinhas?" E ele: "Porque me dais muitos murros. Acabai com isso! Já
não vos dou o suficiente?" Então, coloquei o terço em cima daquela
pessoa e o demônio berrou: "É pesado, esmaga-me, tira-o, esmaga-me!
Estás a esmagar-me! Saem-me as "tripas", não vês!" O que é que estas
reações do demônio nos ensinam para a nossa vida diária? Que o Rosário,
bem rezado, "pesa" no demônio de tal maneira que já não pode fazer-nos
todo o mal que quereria, porque a Senhora, precisamente através do
Rosário, faz-nos crescer na fé em Deus e protege-nos das insídias do
inimigo.
Noutro dia, enquanto eu exorcizava,
tirei novamente um terço do bolso e imediatamente o demônio gritou:
"Tira essa corrente, tira essa corrente!" E eu: "Que corrente?" E ele:
"Essa com a cruz ao fundo. Ela chicoteia-nos com essa corrente!"
Trata-se, na verdade, de uma linguagem metafórica, mas faz-nos
compreender de maneira muito concreta o poder do Rosário e quanto o
demônio o teme.
Outra vez, eu tinha posto ao pescoço da
pessoa possessa um terço; o demônio gritou: "Queres matar-me? És um
assassino! Estas contas são pior do que os espinhos da coroa de Cristo!
São fogo vivo. Cada pérola é um coração consagrado! Mata-nos a todos!
Tira-nos a respiração! Está a sufocar-me! Para nós é morte certa!"
Outra vez, enquanto eu estava a
dependurar o terço ao pescoço de uma pessoa possessa, o demônio gritou,
tentando travar-me: "Tira essas rosas: fedem, fedem, essas rosas!"
Instintivamente, eu disse: "Onde estão as rosas?" E o demônio:
"Puseste-as em cima dela (referia-se à pessoa possessa)." Depois do
exorcismo, essa pessoa referiu-me que se recordava apenas de que, em
determinado momento, se tinha sentido envolvida por uma coroa de rosas.
Outras expressões sobre o Rosário, em diversos outros exorcismos:
"Cada conta desse terço, com que vós rezais, é para nós uma chicotada, queima-nos."
"Quando usais aquela maldita
corrente, sinto-me mal, porque invocais aquela (a Ave-Maria),
recordais-me a vida daquele (a nossa contemplação dos mistérios do
Evangelho no Rosário atormenta-o e faz-lhe perder as forças)"
"Quem se agarra a esta (e procurou arrancar o terço que eu tinha posto ao pescoço da pessoa possessa), nunca se perderá."
"Quando contemplais os mistérios
daquele terço, fico doente. São bastonadas. Arranca de mim muitas,
muitas almas. Porque é sua. Porque é daquela."
"Odeio-o (o terço), porque é uma coroa de amor que une todas a Ele e a ela."
Finalmente:
"Se vós todos soubésseis, eu seria
destruído em menos de um segundo. Se rezardes o Rosário, esta coisa aqui
bastarda, com fé! (E afastou com desprezo o terço que eu tinha nas
mãos.) Sabes o que é que ela faz quando vós rezais o terço? (diz uma
série de insultos contra mim): Ela pega a vossa mão, estica-se para o
Céu e pega na do vosso Deus, e, através desta oração, desta corrente de
(um palavrão), aproxima as duas mãos e aproxima-as para fazer com que se
toquem. Quando estas duas mãos se encontram, ela exulta, exulta,
exulta, ajoelha-se e reza. Só poucos homens alcançam aquela mão, porque
muitas vezes arrancam-ma da mão daquela, porque não querem fazê-lo,
graças a mim que sou o seu deus, mas os que conseguem (e repete), mas os
que conseguem, têm plena consciência disso e ela exulta. Ei-la que se
ajoelha e beija os pés perfurados do Filho e diz que fez graça a este
(isto é, a alguma pessoa), porque tocou naquela mão e no meio daqueles
(os habitantes do Paraíso), quando acontece, todo o Paraíso, todo o
Paraíso exulta. Que nojo, que nojo! E lágrimas de alegria saem daqueles
olhos (diz um palavrão). Que nojo, que nojo, que nojo, que nojo, que
nojo, que nojo, que nojo!"
Padre Francisco Bamonte, A Virgem Maria e o Diabo nos exorcismos.
Fonte: www.amormariano.com.br - Sugerido pela amiga Audren Fabiana (Caxias do Sul RS)
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Artigo Publicado em 19.04.2015O Poder de Maria sobre todos os demônios brilhará particularmente nos últimos tempos
“Deus constituiu não somente uma
inimizade, mas ‘inimizades’, não apenas entre Maria e o demônio, mas
também entre a descendência da Virgem Santa e a de Satanás. Isto quer
dizer que Deus estabeleceu inimizades, antipatias e ódios secretos entre
os verdadeiros filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e
escravos do demônio: eles não se amam, nem têm qualquer correspondência
interior uns com os outros. Os filhos de Belial (Dt 13, 13), os escravos
de Satanás, os amigos do mundo (não há diferença), até hoje perseguiram
sempre, e perseguirão mais do que nunca, aqueles que pertencem à
Santíssima Virgem, como outrora Caim perseguiu seu irmão Abel, e Esaú
perseguiu Jacó, figuras dos réprobos e dos predestinados. Mas a humilde
Maria alcançará sempre a vitória sobre este orgulhoso.
Essa vitória será tão grande que chegará
a esborrachar-lhe a cabeça, onde reside o seu orgulho. Ela descobrirá
sempre a sua malícia de serpente, e porá a descoberto as suas tramas
infernais. Dissipará os seus conselhos e protegerá, até o fim dos
tempos, os Seus servos fiéis contra aquelas garras cruéis.”
“Mas o poder de Maria sobre todos os demônios brilhará particularmente nos últimos tempos,
em que Satanás armará ciladas contra o seu calcanhar, ou seja, contra
os humildes escravos e pobres filhos, que Ela suscitará para lhe fazer
guerra.
Eles serão pequenos e pobres na opinião
do mundo, humilhados perante todos, calcados e perseguidos como o
calcanhar o é em relação aos outros membros do corpo. Mas, em troca,
serão ricos da graça de Deus, que Maria lhes distribuirá abundantemente.
Serão grandes e de elevada santidade diante de Deus, e superiores a
toda criatura pelo seu zelo ardente. Estarão tão fortemente apoiados no
socorro divino que esmagarão, com a humildade de seu calcanhar e em
união com Maria, a cabeça do demônio, fazendo triunfar Jesus Cristo.”
[São Luís Maria Grignion de Montfort, Tratado de Verdadeira Devoção à Ssma. Virgem, capítulo 1, artigo II, 2ª consequência, 3, I, Ofício Especial de Maria nos Últimos Tempos, n. 54; edição em *pdf, pp. 50-51.]
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Vereis que o diabo se introduziu no lugar sagrado, corrompe, perverte, confunde...
Esta é a hora da paixão da Igreja.
O bem-aventurado Francisco Palau escrevia o jornal El Ermitaño com o objetivo de lutar contra as hostes de Satanás e tudo o que implica a Revolução e a impiedade
que se unem para empreender uma ofensiva contra a Igreja. A Revolução,
ou o “Antro tenebroso”, como ele a denomina significa “todos os poderes
da terra coligados com os do inferno em guerra contra Cristo e sua
lgreja”. “Esta atividade implica a romper a ordem e atacar os princípios da verdadeira legislação dada por Deus” (El Ermitaño, 29 de Julho de 1869 p.2)
Muitos como ele visualizaram já no
século XIX esta conjuntura desoladora. Entretanto, não são poucos os
que, ainda hoje, consideram o avanço da Revolução como um progresso e um
benefício. Não percebem os sinais dos tempos e ainda são capazes de
abraçar a causa da Revolução como se tudo o que vemos nos dias de hoje
fosse “paz e prosperidade”. Foi destes tais, “inimigos da cruz” que
disse o Senhor: “O meu tempo ainda
não chegou, mas para vós a hora é sempre favorável. O mundo não vos pode
odiar, mas odeia-me, porque eu testemunho contra ele que as suas obras
são más.” (Jo 7, 6-7) De fato, “o mundo não pode odiar”
quem o aplaude e lhe apoia ao invés de testemunhar contra ele! Esta ação
contínua e ostensiva que flagela, humilha e crucifica a Santa Igreja,
“omnes portae ejus destrúctae: sacerdotes ejus gementes: vírgines ejus
squálidae, et ipsa oppréssa amaritúdine”. Suas portas estão destruídas porque já não há mais limites de objetividade na fé e nos costumes.
Seus sacerdotes gemem porque já não tem força para sustentarem um
ministério que depende da virtude do sangue de Cristo que não conhecem
mais e suas virgens estão desgastadas porque tem cessado a corrente
intercessora das virgens consagradas. “Vereis que o diabo se introduziu no lugar sagrado, e corrompe, perverte, confunde, prova”
(“El suicidio”, El Ermitaño, Nº 87, 7-7-1870). “quia vidit Gentes
ingressas Sanctuárium suum, de quibus praecéperas ne intrárent in
ecclésiam tuam.” (lamentações).
Diante deste quadro, sombrio nos
resta refugiar-nos sob o manto de Nossa Mãe Santíssima, a Virgem
poderosíssima como um exército em ordem de batalha
Com Ela sustentarmos o combate da
oração, com ela mantermos a vigilância, com ela esperarmos a
ressurreição… Que Deus venha em socorro de sua Igreja e faça
resplandecer de novo a graça e a beleza que emanam da Santa Cruz! “Tu
exsúrgens miseréberis Sion quia tempus miseréndi ejus, quia venit
tempus.” (Sl. 101)
Fonte: El Ermitaño (é a comunicação oficial dos Carmelitas Tradicionais)
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