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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

A derrota da ideologia de gênero na Câmara Municipal de São Paulo

Do Fratres In Unum:

27 agosto, 2015

44 x 4 – Venceu a verdade.

Fratres in Unum entrevista Andreia Medrado, pró-vida engajada, que nos fala sobre a Ideologia de Gênero e a atuação da militância católica paulista que culminou, no último dia 25, com a eliminação dessa nefasta tese do Plano Municipal de Educação.
Primeiramente, obrigado por nos atender, professora Andreia. Poderia se apresentar brevemente a nossos leitores, falando também de sua trajetória no movimento pro-vida?
Andreia Medrado e o vereador de São Paulo Ricardo Nunes.
Andreia Medrado e o vereador de São Paulo Ricardo Nunes.
Sou católica e professora. Tenho estado mais ativamente ligada ao movimento pró-vida desde 2013, quando o PLC 03/2013 estava em tramitação. O Projeto, na prática, legalizaria o aborto até o nono mês. A partir de então fui apresentada aos estudos sobre o tema e pude ver que todas as ações relacionadas ao aborto, eutanásia, ideologia de gênero eram um pacote de estratégias para a completa instauração da cultura da morte no mundo.
Em que consiste a ideologia de gênero e como ela vem buscando se impor mundo afora, em particular no Brasil?
A ideologia de gênero consiste em uma quebra da realidade, por assim dizer. Tal ideologia promove um desprezo pela biologia do ser humano alegando que não se nasce homem ou mulher, mas que isso é construído social e culturalmente. Seu maior intento, no entanto, é a destruição total e sistemática da família. Uma vez que se extermina a identidade do ser humano e o papel do homem e da mulher, extingue-se, consequentemente, o conceito de família. Em outras palavras, a identidade de gênero é uma construção ideológica de que não há homem ou mulher mas que se é algo. É a “coisificação” do ser humano.
É uma ideologia que nasce apoiada na filosofia marxista de lutas de classes, onde a primeira opressão de uma classe por outra surge com a do sexofeminino pelo masculino. A partir dos anos 70, as feministas adotam esse discurso e passam a querer a extinção das barreiras sexuais (homens/mulheres – adultos/crianças). Só nos anos 90 que a ideóloga Judith Butler introduz o tema no âmbito político-filosófico. Ajudou a aparelhar a Organização das Nações Unidas com ongs feministas.
Quem são os grandes interessados na implantação dessa ideologia e por que tamanho empenho que, aliás, é pouquíssimo compartilhado pela sociedade civil?
Os grandes interessados na implantação dessa ideologia são as grandes fundações internacionais, especialmente a Fundação Ford, que foi a responsável principal pelo aparelhamento da ONU, durante as conferências internacionais de 94 e 95 (Cairo e Pequim). Numa estratégia de controle comportamental e governo hegemônico mundial, essas fundações gastam rios de dinheiro com reengenharia social. É uma tentativa de dominaras leis, o consenso e destruir o direito natural.
Não conformados com a eliminação da questão de gênero no Plano Nacional de Educação, seus promotores manobraram para ressuscitar essa ideologia nos planos estaduais e municipais. Como o Poder Legislativo de estados e municípios tem se posicionado?
O que temos percebido durante as visitas aos parlamentares é que muitos deles não sabiam sequer definir “gênero”, e julgavam como mais uma palavra que significasse alguma medida contra a discriminação ou mesmo um sinônimo para “sexo”. Quando explicamos, pautados em argumentos e principalmente nos próprios ideólogos de gênero, percebemos que, automaticamente, eles entendem e se posicionam contrários a tal ideologia.
Aqui em São Paulo, os vereadores entenderam bem o conceito de gênero, perceberam seu perigo e o quão nefasto e monstruoso ele é. E o resultado das votações em todo o Brasil confirma que isso não se deu só aqui; uma rápida busca nos municípios que já votaram seus Planos Municipais de Educação mostra que 98% deles rejeitaram a ideologia de gênero. Isto nos diz muito a respeito da postura de nossos parlamentares e nos diz, mais ainda, de que a Verdade é, de fato, a força que move o mundo. Bastou dizer a verdadeira intenção dessa macabra ideologia e os olhos se abriram.
Claro que tivemos alguns discordantes, mas vê-se bem a militância na causa. Três casos em específico nos chamaram à atenção: o vereador Toninho Vespoli (Psol), a vereadora Juliana Cardoso (PT) e o vereador Netinho de Paula (PCdoB). O vereador Netinho de Paula, que se diz um defensor e grande representante da periferia paulista, ignorou a voz dos diversos moradores da Zona Sul que se pronunciaram contra o gênero (moradores, inclusive, que o ajudaram a se eleger). A vereadora Juliana Cardoso e o vereador Toninho Vespoli passaram as duas votações alegando que eram católicos e católicos de uma “igreja inclusiva”, como a que é “promovida pelo Papa Francisco”. A vereadora chegou a mostrar um slide no qual o Sumo Pontífice aparecia segurando uma bandeira do orgulho lgbt (o que todos sabemos ser uma montagem). Juliana terminou seu discurso citando Zé Vicente, famoso compositor da teologia da libertação, deixando claro, portanto, a quem serve e de onde ela veio. No que depender dos católicos de verdade, esses vereadores jamais serão reeleitos.
Ontem, então, ocorreu a votação do Plano Municipal de Educação da cidade de São Paulo. Como transcorreu a votação e o embate entre os defensores da cultura da vida e os da cultura da morte? 
Por questões regimentais, alguns PLs (Projeto de Lei) requerem mais de uma votação para que haja o que eles chamam de tempo necessário para a discussão, o debate do tema. Foi o caso do PL 415/2015, o PME – Plano Municipal de Educação. Então, tivemos ontem a segunda e definitiva votação do Plano.
Pouco antes das 9h já chegavam famílias de toda a cidade. Vinham com camisetas brancas e bandeiras em favor da vida e da família. Logo chegaram também os militantes lgbt.
Até o momento da votação, as pessoas permaneceram diante do trio elétrico, enquanto se apresentavam bandas católicas, Padres, Vereadores e Deputados federais alertando o povo contra o perigo da ideologia de gênero e pela necessidade de combate à cultura da morte.
Às 15h, o presidente da Câmara Antônio Donato deu início à votação. O vereador Eliseu Gabriel havia proposto um substitutivo. Contudo, o executivo enviou seu próprio substitutivo que foi votado pelos vereadores. Alguns vereadores propuseram emendas, mas estas foram derrubadas em bloco e por 44 votos a 4, a família paulistana ficou livre da ideologia de gênero no Plano Municipal de Educação.
No fim, venceu a verdade.
Como você avalia a atuação dos membros da Igreja nessa batalha? Quem estava presente e quem deveria estar, mas se omitiu?
Militância católica em peso na votação do PME de São Paulo.
Militância católica em peso na votação do PME de São Paulo.
A Igreja volta a debelar o erro! É incrível como o clero se posicionou diante dessa ideologia alertando os fiéis, falando sobre o tema! Mais de dez bispos no Brasil inteiro se manifestaram contra a ideologia de gênero, e a partir daí, o trabalho foi o de formar as pessoas.
Tanto a Arquidiocese de São Paulo quanto a do Rio de Janeiro (entre algumas outras dioceses) têm-se mobilizado para a promoção de seminários sobre a ideologia de gênero. Esses seminários têm o propósito de formar pais, professores e catequistas sobre o tema que ainda parece um pouco confuso para algumas pessoas. E graças às dioceses e aos bispos que tão bem entenderam o perigo que correm nossas famílias, as pessoas têm buscado aprender sobre o assunto. Sem o apoio de nossos bispos, não teríamos conseguido nada disso.
Em cada votação que olharmos, veremos a presença da Igreja. Acredito que Cuiabá, Brasília e São Paulo são as que mais podemos notar isso, entretanto, basta ver o quanto os católicos principalmente têm falado sobre o assunto. Os Bispos e os Padres me lembraram Padre Antônio Vieira, nesses últimos meses: pregando a verdade e denunciando o erro! É revigorante ver isso, de novo! Relembro aqui o discurso de Dom José González Alonso, bispo diocesano de Cajazeiras, PB, que de maneira firme, denunciou a ideologia na Câmara dos vereadores em Cajazeiras.
Não me lembro já ter visto tantos movimentos da Igreja juntos como nessas votações: IPCO, Novas Comunidades, RCC, Carmelitas, Legionários, Verbo Encarnado, Aliança de Misericórdia, Opus Dei, Administração Apostólica, Padres Diocesanos, Apostolado da Oração. Foi, de fato, um novo sopro sobre a Igreja e as pessoas puderam perceber que há uma luta gigantesca a ser lutada, e só poderemos vencê-la se estivermos juntos!
Mas há algo que quero ressaltar: é importante que saibamos que os vereadores e deputados muitas vezes não saibam realmente do que se trata ou quais os perigos essas políticas ideológicas trazem. Eles só poderão nos ajudar se formos até eles. Muitas vezes, esses parlamentares só terão acesso à verdade através de nós. E para isso é preciso que estudemos, que busquemos a verdade acima de tudo. Que não tenhamos medo de perder o que temos em troca da verdade! A verdade, meus irmãos, é a força que move o mundo! Que isso não nos engrandeça, de modo algum, mas que aumente em nós a consciência de nossa responsabilidade em propagar uma cultura da vida. E só se instaura uma cultura da vida se exterminarmos, definitivamente, a cultura da morte vigente.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Evo Morales diz que a Bolívia pode atacar o Brasil em caso de impeachment de Dilma

Vimos a declaração de um sujeitinho que atende pelo nome de Evo Morales prometendo atacar o Brasil com as Forças Armadas caso sigamos a Constituição ao apear Dilma do poder via impeachment (em caso de crime de responsabilidade). Isto é um desrespeito inaceitável à soberania nacional. Leia mais:

“Não vamos permitir golpes de Estado no Brasil e nem na América Latina. Vamos defender as democracias e se precisar vamos atacar com nossas forças armadas”, afirmou Morales em uma escola militar em Cochabamba (centro do país).
Morales fez a advertência coincidindo com o 44º aniversário do golpe militar de 1971, que exaltou o então coronel Hugo Banzer, apoiado, segundo os historiadores, por militares do Brasil e da Argentina, com o apoio do Pentágono.
“Pessoalmente, nossa conduta irá defender Dilma (Rousseff), presidente do Brasil e o Partido dos Trabalhadores”, declarou Morales, dias após de opositores realizarem várias manifestações no Brasil exigindo a renúncia da presidente.
Morales fez votos para que “o tema do golpe de Estado no Brasil seja somente uma questão midiática. É nossa obrigação defender os processos democráticos, a democracia e especialmente os processos de libertação sem interferência externa”.
La Paz e Brasília mantêm certas afinidades políticas, afetadas por um episódio em 2013, quando o senador boliviano opositor Roger Pinto fugiu para território brasileiro em um veículo diplomático e foi protegido por funcionários da embaixada do Brasil em La Paz, onde estava asilado desde maio de 2012.
Após sua incomum entrada no Brasil, Pinto pediu refúgio. A fuga de Pinto gerou uma crise diplomática entre o Brasil e a Bolívia, que levou à saída do chanceler brasileiro Antônio Patriota. O embaixador brasileiro em La Paz não foi reposto desde então.
Por outro lado, Morales e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantiveram as relações bilaterais no mais alto nível.
Para quem está considerando tudo isto inacreditável, veja o vídeo abaixo, conforme indicação muito pertinente do Reaçonaria:
Quer dizer que é assim? O sujeitinho diz que vai invadir sua casa e estuprar a sua esposa, e você ainda mantém relações comerciais com ele? Enfim, já existe algo de insano na tolerância à manutenção das relações comerciais com a Bolívia.
O dia 7 de setembro está chegando e precisamos utilizá-lo como símbolo de uma nova luta pela independência. Não podemos ficar mais submissos a países liderados por tiranos psicopatas, como Venezuela, Argentina, Bolívia e Equador. Que a Bolívia tenha sido aceita no Mercosul, este é mais um indicativo que já passou da hora de encerrar este bloco de países devastados pelo bolivarianismo. Quem se junta com os porcos, farelo come. (E os porcos não estão na população destes países, mas no poder)
É imperativo que o Congresso atue neste sentido, exigindo ações contra a Bolívia e o rompimento imediato de relações comerciais, incluindo diversas outras sanções.
Esta abominação chamada Pátria Grande tem de ser derrotada, ou, ao menos, temos de exigir, via Congresso, que nos afastemos dessa escória moral. Eles são inimigos da civilização e, ao chegarem ao ponto de declarar em público que invadirão um país (que lhes dá dinheiro via BNDES) por causa de suas questões políticas internas, apenas nos dão a confirmação empírica de que são definitivamente a escória moral do mundo político.
Nenhuma mãe gostaria de ver seu filho andando ao lado de traficantes e estupradores. Se nos preocupamos com nosso destino – se realmente nos preocupamos – é preciso ter o mesmo nível de busca de distanciamento dos governos mais desqualificados, imorais, e anticivilizacionais que a história recente nos tem brindado.
Evo Morales deu todos os argumentos de que precisávamos para declarar uma nova independência, agora quanto aos porcos que lideram os países da Pátria Grande.
Com a palavra, o Congresso.

http://lucianoayan.com

Do site Mídia Sem Máscara

terça-feira, 18 de agosto de 2015

O Evangelho como revelado por Jesus a Maria Valtorta

Do site Rainha Maria, que tem publicado uma série de trechos da obra da mística Maria Valtorta:

Maria Valtorta, mística italiana, que teve revelações de Jesus: O Mestre mostra o Caminho


18.08.2015 - Nota de www.rainhamaria.com.br
A Igreja Católica define de forma muito clara (CIC 65, 66) que a revelação pública, oficial, está concluída e é a que vemos nos livros canônicos da Bíblia. Corresponde à fé cristã compreender gradualmente seu conteúdo.
Isso não impede que haja revelações privadas (CIC 67), que não melhoram nem completam a Revelação definitiva de Cristo, mas sim podem ajudar a vivê-la mais plenamente em uma determinada época histórica. Ou seja, pode haver livros inspirados, mas não canônicos.
O especialista François Michel Debroise nos dá uma informação muito completa sobre o tema.
Maria Valtorta, mística italiana falecida em 1961, foi um exemplo de alma extraordinária com vida extraordinária. Foi uma das 18 grandes místicas marianas. Aos 23 anos, um anarquista a espancou com uma barra de ferro, deixando-a com limitações físicas. Ficou 9 anos de cama. E uniu todas as suas dores à paixão de Jesus.
n/d
Seu confessor, ao ver a grandeza dessa alma, pediu-lhe que escrevesse sua biografia. Tudo isso aconteceu em plena guerra mundial. Depois de escrever sua biografia, de 1943 a 1950, ela começou a receber uma série de visões, que transcreveu em 17 volumes, entre eles sua obra mais conhecida e polêmica: “O Evangelho como me foi revelado”. Em 4800 páginas, ela relata a vida de Cristo, dia a dia.
O Papa Paulo VI apoiou a leitura da obra de Maria Valtorta, assim como o Padre Pio. A Madre Teresa de Calcutá era uma leitora assídua dos seus escritos. A celebração dos 50 anos da morte de Maria Valtorta foi acompanhado por altas personalidades da Igreja.
Do ponto de vista histórico, os biblistas se surpreendem com como uma pessoa que não teve estudos possa ter um conhecimento tão detalhado.
O leitor desta narração fica preso, porque a obra o introduz nas cenas da vida de Jesus como um espectador presente. É uma narração extraordinária do ponto de vista teológico, histórico e científico. (Fonte: Aleteia)
 
 O MESTRE MOSTRA O CAMINHO
n/d
A paz esteja com todos vós, e a sabedoria sobre vós.
Escutai, Foi-me perguntado um dia, faz muito tempo, até que ponto Deus é misericordioso para com os pecadores. Quem fazia aquela pergunta era um pecador perdoado que não conseguia  persuadir-se do completo perdão de Deus. E Eu, com algumas palavras, o tranqüilizei, e lhe garanti e lhe prometi que para ele Eu teria sempre falado da misericórdia, para que o seu coração arrependido, que dentro dele parecia o de um menino perdido que chorava, se sentisse na certeza de estar já entre os que pertencem ao seu Pai do Céu.
Deus é Misericórdia, porque Deus é Amor. O servo de Deus deve ser misericordioso para imitar Deus.
Deus se serve da misericórdia como de um meio para atrair a Si os filhos desviados. O preceito do amor é obrigatório para todos. Mas deve ser três vezes mais nos servos de Deus.
Não se conquista o Céu, se não se ama. Mas basta dizê-lo aos que crêem. Aos servos de Deus Eu digo: “ Não se faz que os que crêem conquistem o Céu, se não se amam com perfeição.”
E vós, que sois? Vós que vos aglomerais aqui ao redor de Mim?
Em vossa maior parte, sois criaturas que vos inclinais para a vida perfeita, para a vida bendita, cansativa, luminosa do servo de Deus, do ministro de Cristo. E, que deveres tendes nessa vida de servos e ministros? Um amor total a Deus, um amor total ao próximo. A vossa meta: servir. Como? Restituindo a Deus aqueles que o mundo, a carne e o demônio arrebentaram a Deus. De que modo? Com amor. O amor que tem mil formas para manifestar-se, e um único fim: fazer amar.
Pensemos em nosso belo Jordão. Como é imponente em Jericó. Mas, era ele assim na nascente? Não. Era um fio de água, e assim teria ficado, se tivesse ficado sempre só. Mas, eis que dos montes e colinas, de uma e outra margem do seu vale, descem milhares e milhares de afluentes, uns deles solitários outros formados por centenas de córregos, vão despejar-se em seu leito, que cresce, cresce, cresce sempre mais, até se transformar no doce regato de prata azulada, que se ria e brincava em sua meninice de rio, o largo, solene e plácido rio, que enxerta uma fita azul celeste por entre suas ubertosas e esmeraldinas margens.
Assim é o amor. É um fio inicial para as crianças que estão começando o Caminho da Vida, as quais mal sabem salvar-se do pecado grave, eis que das montanhas da humanidade, escabrosas, áridas, soberbas e duras, surgem por um desejo de amor, córregos e mais córregos desta virtude principal, e tudo serve para fazê-la nascer e jorrar as dores e as alegrias, assim como nos montes servem para formar os arroios, as neves geladas e o sol que as derrete. Tudo serve para abrir-lhes o caminho: tanto a humildade, como o arrependimento. Tudo serve para canalizá-las para o córrego inicial. Porque a alma, impelida para aquele caminho, gosta das descidas para o aniquilamento do eu, aspirando reerguer-se, atraída pelo Sol-Deus, depois de ter-se transformado em um rio poderoso, belo e benfeitor.
Os riachos que nutrem o rio embrionário do amor temeroso são, além das virtudes, as obras que as virtudes ensinam a praticar. As obras que, justamente para serem rios de amor, são obras de misericórdia. Vamos percorrê-las juntos. Algumas já eram conhecidas de Israel, enquanto outras, Eu as torno conhecidas, porque a minha Lei é perfeição de amor.
DAR DE COMER A QUEM TEM FOME.
É um dever de reconhecimento e de amor. Dever de imitação. Os filhos são agradecidos ao pai pelo pão que ele lhes dá e, quando homens feito, eles imitam ao darem o pão aos seus filhos e ao pai que já não pode trabalhar, por causa de sua idade, e lhes dão o pão com o seu próprio trabalho, como uma amorosa restituição, uma restituição devida dos bens adquiridos. O quarto preceito diz: “ Honra a teu pai e á tua mãe.” É um modo de honrar os seus cabelos brancos o que se faz para não deixá-los ir pedir a outros o pão por esmola.
Mas, antes do quarto, diz-nos o primeiro preceito: “ Ama a Deus com todo o teu ser”, e o segundo: “ Ama a teu próximo como a ti mesmo”. Amar a Deus por ser quem é, e amá-lo no próximo, é perfeição.
Ama-se ao próximo dando pão a quem tem fome, em lembrança das muitas vezes que Ele matou a fome do homem por meio do milagre. Mas sem ficar olhando só para o maná e as codornizes, olhemos para o milagre contínuo do grão que germina pela bondade de Deus, que nos deu terra própria para a cultura, e controla os ventos, chuvas, calor e estações, a fim de que a semente se vá transformando em espiga, e a espiga em pão.
E não foi um milagre da sua misericórdia o fato de ter o Senhor, com uma luz sobrenatural, ensinando ao filho culpado que aquelas ervas altas e esguias, que terminavam produzindo frutos de sementes douradas pelo quente cheiro do sol, fechadas dentro da dura faixa de escamas espinhentas, eram um alimento que haveria de ser colhido, descascado, transformado em farinha, amassado e assado. Deus ensinou tudo isso. Foi Ele que ensinou com colhê-lo, limpá-lo, moê-lo, amassá-lo e assá-lo. Ele pôs as pedras perto das espigas, a água perto das pedras, acendeu com os reflexos da água e do sol o primeiro fogo sobre a terra e, sobre o fogo, o vento levou alguns grãos que, ao se queimarem, exalaram um odor agradável, a fim de que o homem compreendesse que, melhor do que quando eles são tirados da espiga, como sabem fazer os passarinhos, ou só molhado com água, depois de ter virado farinha, e ter sido transformado em uma massa grudenta, muito melhor é quando o fogo o assa. Não pensais nisso, vós que hoje comeis o pão gostoso, assado no forno de vossa casa, não pensais o quanto é bom podermos ter chegado a esta perfeição no modo de assar, e quanto caminho teve que ser percorrido pelo conhecimento humano, desde a primeira espiga, que foi mastigada, como faz o cavalo, até chegarmos ao pão que hoje temos. Por quem fomos ensinados? Pelo doador do pão. E assim aconteceu com todas as espécies de alimento que o homem soube por meio de uma luz benfazeja, descobrir e separar, dentre as plantas e animais com que o Criador cobriu a terra, paterno para o filho culpado.
Portanto, dar de comer a quem tem fome é uma oração de reconhecimento ao Senhor e Pai, que mata a fome, e é bom imitar o Pai, do qual recebemos esta semelhança gratuita, que é preciso aumentar sempre, com a imitação de suas ações.
DAR DE BEBER A QUEM TEM SEDE.
Já pensastes que aconteceria, se o Pai não fizesse mais chover as águas do céu? Ou, então, se Ele dissesse: “ Pela vossa dureza para com quem está com sede, Eu vou impedir as nuvens de descerem sobre a terra”, poderíamos nós protestar e falar mal dele? A água, mais ainda do que o trigo, é de Deus. Porque o trigo é cultivado pelo homem, mas só Deus é quem cultiva os campos das nuvens, que descem em forma de chuva ou de orvalho, como névoa ou neve, nutrem os campos e abastecem as cisternas, enchem os rios e os lagos, dão abrigo aos peixes, que matam a fome dos homens e de outros animais. Portanto, podeis vós responder a quem vos diz: “ Dá-me de beber”, dizendo-lhe: “Não. Esta água é minha, e eu não te dou?”
Mentirosos! Quem de vós já fez um só floco de neve, ou um só pingo de chuva? Quem já fez evaporar um só dos diamantes do orvalho com o seu calor astral? Ninguém. É Deus quem faz isso. E, se as águas descem do céu, e voltam a subir, somente Deus regula esta parte da criação, assim como tudo mais.
Daí, pois, a boa água fresca dos lençóis do subsolo, ou a água limpa do vosso poço, ou a que encheu as vossas cisternas, dai-a a quem tem sede. São águas de Deus. São para todos. Dai-as a quem tiver sede. Por uma tão pequena boa obra, que não custa o vosso dinheiro, que não exige outro trabalho senão o de estender com a mão um copo ou uma vasilha. Eu vo-lo digo, tereis uma recompensa no Céu. Porque não é a água, mas é o ato de caridade que é grande, diante dos olhos e do julgamento de Deus.
n/d
VESTIR OS NUS.
Vêem-se pelas estradas deste mundo pessoas em estado vergonhoso por uma nudez que nos causa dó. São velhos abandonados, são inválidos por doenças ou por outras desventuras, são prole numerosa, são feridos por acidentes que os privaram de toda comodidade, são órfãos inocentes. Se Eu lançar um olhar por toda a vastidão da terra, verei por toda parte pessoas nuas, ou cobertas com trapos, que mal lhes salvam a decência, e não as protegem contra o frio. E essas pessoas ficam olhando, com um olhar humilhado, para os ricos, que vão passando, com um olhar humilhado, para os ricos, que vão passando com suas roupas macias e com os pés calçados com sapatos delicados. Humilhados com a bondade dos bons e com o ódio dos menos bons. Mas por que não os auxilias no aviltamento em que se acham, tornando-os melhores, se já são bons, e destruindo-lhes o ódio, se não são menos bons, com o vosso amor?
Não digais: “O que eu tenho é só para mim.” Como acontece com o pão, sempre tendes alguma coisa a mais do que o necessário, nas mesas e nos armários de quem não está completamente abandonado. Entre estes que Me estão ouvindo, há mais de um que sabe, de uma roupa que ele deixou de usar por estar muito batida, tirar uma roupinha para um órfão ou algum menino pobrezinho e, de um lençol velho, fazer faixas para algum inocente que não as tem, soube repartir, durante muitos anos, o pão esmolado cansativamente com quem, por estar leproso, não podia ir estender a mão ás soleiras dos ricos. E, em verdade, Eu vos digo que esses misericordiosos não devem ser procurados entre os possuidores de bens, mas por entre as fileiras humildes dos pobres que, por serem assim é que sabem quão penosa é a pobreza.
Também aqui, como para a água e o pão, pensai que a lã e o linho com que vos vestis provêm dos animais e das plantas, que o Pai criou não somente para os ricos entre os homens, mas para todos os homens. Porque Deus deu somente uma riqueza ao homem: a da sua Graça, da Salvação, da inteligência. Mas não a riqueza suja que é o ouro, que vós andastes enaltecendo, fazendo dele, que é um metal não melhor do que os outros, muito menos útil que o ferro, com que se fazem as pás e os arados, as grades e as foices, os escopros, os martelos, os serrotes, as plainas, as santas ferramentas do santo trabalho, fazeis dele o nobre metal, que vós elevastes a uma nobreza inútil, mentirosa, por uma instigação de Satanás que, de filhos de Deus, vos tornou selvagens como feras. A riqueza daquilo que é santo vos havia dado com que vós pudésseis tornar-vos sempre mais santos! Mas não esta riqueza homicida, que tanto sangue e lágrimas derrama.
Daí, pois, como vos foi dado. Daí em nome do Senhor, sem terdes medo de ficar nus. Melhor seria morrer de frio, por sermos despojados em favor do mendigo, do que fazer enregelar-se o coração, mesmo por baixo de vestes cômodas, pela falta de caridade. O leve calor que sentimos pelo bem feito é mais doce do que aquele de um manto da mais pura lã. E as carnes do pobre, agora por nós cobertas, falam a Deus, e lhe dizem: “ Abençoa a quem nos vestiu.”
Se matar a fome, a sede, vestir, tirando de si para dar aos outros são atos que unem a santa temperança á santíssima caridade, e vós mesmos á bem-aventurada justiça, pela qual se modifica com santidade, a sorte dos nossos irmãos infelizes, dando daquilo que temos em quantidade, por permissão de Deus, a favor de quem, ou por malvadez dos homens, ou por doenças, daquilo tiver ficado privado, nesse caso albergar os peregrinos que une a caridade a confiança e aos bons pensamentos do próximo a nosso respeito. Esta também é uma virtude, sabeis? Uma virtude que derrota em quem a possui, além da caridade, a honestidade. Porque quem é honesto, age bem e, visto que age bem tem o costume de pensar que assim também ajam os outros, acontece então, que a confiança, a simplicidade com que se acredita sempre que as palavras dos outros sejam verdadeiras, mostram que aquele que as ouve é alguém que diz a verdade nas grandes e nas pequenas coisas, não chegando por isso, a desconfiar do que os outros dizem.
Por que pensar, diante do peregrino que nos pede abrigo: “ E se ele for um ladrão ou um assassino?” Será que estais tão apegados ás vossas riquezas, que temeis, por causa delas, cada vez que chega até vós um estranho? Será que estais tão apegados á vossa vida, que ficais arrepiados de medo, ao pensardes que podeis dela ficar privados? E, então? Achais que Deus não vos pode defender dos ladrões? Será?
Temeis no passante um ladrão, e não tendes medo do hóspede tenebroso, que vos pode roubar o que é insubstituível? Quantos dão hospedagem em seus corações ao demônio? Eu poderia dizer-vos: todos dão hospedagem aos pecados capitais e, no entanto, ninguém fica tremendo por isso. Será, então, só o bem da riqueza e da existência que é precioso? Não será mais preciosa a eternidade, que vós deixais que vos seja roubada e morta pelo pecado? Pobres, bem pobres essas almas roubadas em seu tesouro, postas nas mãos de seus assassinos, como se fossem coisa de pouco valor, ao passo que se fazem barricadas ao redor das casas, põem-se ferrolhos nas portas, cães e cofres são usados para guardar e defender muitas coisas que nós não iremos levar para a outra vida!
Por que querer ver em cada peregrino um ladrão? Nós somos irmãos. A casa se abre para os irmãos que estão de passagem. O peregrino não é do nosso sangue? Oh! Sim! É do sangue de Adão e Eva. Não é nosso irmão? E, como não?
O Pai é um só: Deus que nos deu uma alma igual, assim como os filhos de um mesmo leito o pai dá um sangue igual. E um pobre? Procurai que não seja mais pobre do que ele o vosso espírito privado da amizade do Senhor. A veste dele está rasgada? Fazei que não esteja ainda mais rasgada a vossa alma, pelo pecado. Estão enlameados ou empoeirados os pés dele? Fazei que mais do que a sandália dele, suja pela longa viagem, e rota pelo muito andar, não esteja o vosso eu, consumido pelos vícios. É feia a aparência dele? Fazei que não seja mais feia ainda a vossa, aos olhos de Deus. É estranho o seu modo de falar? Fazei que não tenhais vós a linguagem do coração incompreensível na cidade de Deus.
Vede no peregrino um irmão. Todos nós somos peregrinos em caminho para o Céu, e todos nós batemos ás portas que estão ao longo do caminho do que vai para o Céu. Essas portas são os patriarcas e os justos, os anjos e os arcanjos, aos quais nos recomendamos, para termos a ajuda e a proteção deles, a fim de podermos chegar á nossa meta, sem que caiamos no escuro da noite, no rigor do frio, presas das ciladas dos lobos e dos chacais, que são as paixões malvadas e os demônios. Como queremos que os anjos e os santos nos demonstrem o seu amor para hospedar-nos e dar-nos de novo o alento para continuarmos o caminho, assim façamos nós para com os peregrinos deste mundo. E cada vez que abrirmos a casa e os braços para saudarmos com doce nome de irmão a um desconhecido, pensando em Deus que o conhece, Eu vos digo que tereis percorrido muitas milhas do caminho que vai para os céus.
VISITAR OS ENFERMOS.
Oh! Como é verdade que, sendo todos peregrinos, todos são enfermos! E suas doenças mais graves são as do espírito, que são invisíveis e as mais mortais. E, no entanto, ele não tomam cuidado. Não lhes repugna a chaga moral. Não lhes causa nojo o fedor do vício. Não lhes faz medo a loucura diabólica. Não lhe causa horror a gangrena de alguém que é leproso em seu espírito. Não os faz fugir o sepulcro cheio da podridão de um homem morto e putrefacto em seu espírito. Não é anátema aproximar-se dessas impurezas. Como é pobre e restrito o pensamento do homem!
Dizei-me: que tem mais valor, o espírito ou a carne e o sangue?
Terá o que é material o poder de corromper, por sua proximidade, o que é incorpóreo? Não. Eu vos digo que não. O espírito tem um valor infinito, se comparado com a carne e o sangue, isto sim. Mas a carne não tem maior poder do que o espírito. O espírito pode ser corrompido, mas não por coisa materiais, e, sim pelas espirituais. Se até alguém, que trata de leprosos não fica leproso em seu espírito, mas pelo contrário, por causa da caridade, que ele praticou heroicamente, chegando até a segregar-se nos vales da morte, por piedade para com seu irmão, caem dele todas as manchas de pecado. Porque a caridade absolve o pecado, e é a primeira das purificações.
Parti sempre deste pensamento: “O que eu gostaria que me fosse feito, se eu estivesse como está esse aí? E, como tu gostarias que te fosse feito, faze-o tu.
Agora Israel ainda tem as suas antigas leis. Mas dia virá, e a sua aurora não está mais muito longe, quando se venerará, como um símbolo de perfeita beleza a imagem de Um no qual estará reproduzindo materialmente o homem das dores de Isaías, e o torturado do Salmo de Davi, Aquele que, por se ter feito semelhante a um leproso, tornar-se-á o Redentor do gênero humano, a ás suas chagas acorrerão, como uns cervos que vão á fonte, todos os sedentos, os doentes, os exaustos, os chorosos da terra, e Ele os dessedentará, os curará, e os restaurará, os consolará em seus espíritos e em suas carnes, e o anseio, dos melhores será o de se tornarem semelhantes a Ele, também cheios de feridas, esvaídos em sangue, espancados, coroados de espinhos, crucificados por amor dos homens, que precisam ser remidos, continuando assim a obra do Rei dos reis e Redentor do mundo.
Vós, que ainda sois Israel, mas já estais levantando as asas, a fim de voar para o Reino dos Céus, começai desde agora esta concepção e avaliação nova das enfermidades, e, bendizendo a Deus, que vos conserva sãos, inclinai-vos sobre os que estão sofrendo e morrendo.
Um dos meus apóstolos disse um dia: “ Não tenhas medo de tocar nos leprosos. Nenhum mal se apegará a nós, por vontade de Deus.” Ele falou bem. Deus guarda os seus servos. Mas, ainda que ficásseis contagiados, ao cuidardes dos enfermos, seríeis colocados na lista dos mártires por amor, na outra vida.
VISITAR OS ENCARCERADOS.
Credes vós que nas galeras estão somente os criminosos? A justiça humana tem um olho cego e o outro perturbado por distúrbios visuais, pelos quais vê camelos onde há apenas nuvens, ou toma uma serpente por um ramo florido. Ela julga mal. E, pior ainda, porque muitas vezes, quem a guia, cria de propósito nuvens de fumaça, para que ela veja menos ainda. Mas, ainda que os encarcerados fossem todos ladrões e homicidas, não é justo que nós façamos ladrões e homicidas, tirando deles a esperança de perdão com o nosso desprezo.
Pobres prisioneiros! Nem ousam levantar os olhos para Deus, pesados como estão pelos delitos deles. Seus grilhões, em verdade, estão mais em seu espírito do que nos pés. Mas, ai deles, se perdem a esperança em Deus! Ao delito contra o próximo eles unem o do desespero do perdão. A galera é expiação, assim como o é a morte no patíbulo. Mas não basta pagar a parte que é devida á sociedade humana pelo delito cometido se necessário pagar também, e em primeiro lugar, a parte que deve ser paga a Deus, para expiar e ter a vida eterna. E, quem é rebelde e desesperado, expia somente o que deve á sociedade. Que ao condenado ou ao prisioneiro chegue o amor dos irmãos. Será para ele uma luz nas trevas. Será uma voz. Será uma mão que mostra o alto, enquanto a voz diz: “ Que o meu amor te diga que Deus também te ama. Ele colocou em meu coração este amor por ti, meu irmão desventurado”, e essa luz permite a Deus como Pai piedoso.
Que a vossa caridade vá, com maior razão, consolar os mártires da injustiça humana. Os que são inculpáveis de fato, ou os que uma força cruel levou a matar. Não julgueis, porém, o que já foi julgado. Vós não sabeis porque o homem teve que matar. Não sabeis que muitas vezes não é mais do que um morto aquele que mata, ele é autômato, privado da razão, porque um assassinato sem sangue tirou-lhe o juízo, por causa da velhacaria de alguma traição cruel. Deus o sabe. E basta. Na outra vida se verão muitos das galeras, muitos que mataram e roubaram, no Céu, e se verão muitos, que pareciam ter sido roubados ou mortos, no Inferno, porque na verdade, os verdadeiros ladrões da paz dos outros, da honestidade, da confiança, os verdadeiros assassinos terão sido aqueles que passaram por vítimas. Vítimas, só porque foram feridos por último, mas depois de terem ferido, sem que ninguém falasse nada, durante muitos anos. O homicídio e o furto são pecados. Mas, entre o que mata e rouba, porque é levado a isso por outros, e depois se arrepende, e o que induz outros ao pecado, e não se arrepende disso, terá mais castigo aquele que leva outro ao pecado, e disso não sente remorso.
Por isso, não julgueis nunca, e sede compassivos com os encarcerados. Pensai sempre que, se devessem ser punidos todos os homicídios e furtos do homem, poucos homens e poucas mulheres não morreriam nas galeras ou nos patíbulos.
Aquelas mães, que conceberam, e depois não querem dar á luz o seu fruto, com que nome é que deverão ser chamadas? Oh! Não façamos jogos de palavras. Digamos sinceramente a elas o seu nome: “Assassinas.”
Aqueles homens que roubam reputações ou postos, como os chamaremos? Simplesmente “ladrões.” Aqueles homens e mulheres que, sendo adúlteros ou atormentadores familiares daqueles com quem convivem, e os levam ao homicídio ou ao suicídio, e também aqueles sujeitos a eles, e, com o desespero, á violência, que nome é que eles têm? É este: “Homicidas”. E, então? Ninguém foge? Vós estais vendo que entre esses condenados, que escaparam da justiça, que enchem as casas e as cidades, que esbarram em nós pelos caminhos, que dormem conosco nos albergues, dividem a mesa conosco, e vive-se sem pensar nisso. E, no entanto, quem é sem pecado?
Se o dedo de Deus escrevesse na parede do quarto, onde se reúnem para o banquete, os pensamentos do homem, na frente estariam as palavras acusadoras do que vós fostes, do que sois e do que sereis, e poucas paredes trariam escrita com letras luminosas a palavra “Inocente”. As outras paredes, com letras verdes como a inveja, ou pretas como a traição, ou vermelhas como o delito, trariam estes nomes: “Adúlteros”, “Assassinos”, “Ladrões”, “Homicidas”.
Sede pois, misericordiosos, sem soberba, para com os irmãos menos afortunados, de um modo humano, com os que estão na galera expiando o que vós não expiais, tendo vós a mesma culpa que eles. Disso poderá tirar proveito a vossa humildade.
SEPULTAR OS MORTOS
A contemplação da morte é uma escola de vida. Eu gostaria de poder levar-vos para diante da morte e dizer: “ Aprendei a viver como santos, para não terdes outra morte, senão esta: uma separação temporária do corpo e da alma, para depois ressurgirdes triunfalmente para sempre, reunidos e felizes.”
Todos nós nascemos nus. Todos morremos, tornando-nos despojos mortais, destinados á corrupção. Reis ou mendigos, como todos nascemos, todos morremos. E, se o fausto dos reis permite uma mais longa preservação do cadáver, a sorte da carne que morreu é a de se desfazer. Até as próprias múmias, que são? Serão de carne? Não. São matéria fossilizada por meio de resinas lignificadas. Ela não é mais presa dos vermes, porque está vazia e queimada pelas essências, mas é presa de carunchos, como qualquer madeira velha.
Mas o pó volta ao pó, como disse Deus. E, no entanto, só porque esse pó enfaixou o espírito e por ele foi vivificado, então, como coisa que tocou na glória de Deus--- e assim é a alma do homem --- é preciso pensar que esse pó é santificado, e não de modo diferente dos objetos que estiverem em contato com o Tabernáculo. Pelo menos um momento houve em que a alma foi perfeita: o momento em que o Criador a criou. E se depois a mancha a deturpou, tisnando-lhe a perfeição, só por sua origem ela já comunica beleza á matéria e, por essa beleza que vem de Deus, o corpo também fica embelezado e merece respeito. Nós somos templos e, como tais, merecemos honra, como sempre são honrados os lugares onde se deteve o Tabernáculo.
Daí, pois, aos mortos a caridade de um repouso honrado, enquanto ele espera a ressurreição, vendo nas admiráveis harmonias do corpo humano a mente e o dedo de Deus, que o idealizou e modelou com perfeição, e venerando até nos despojos mortais a obra do Senhor.
Mas o homem não é só carne e sangue. É também alma e pensamento. Estes últimos também sofrem e são misericordiosamente socorridos.
Há ignorantes, que praticam o mal só porque não conhecem o bem. Quantos não sabem, ou sabem mal as coisas de Deus e também as leis morais! Como estão enfraquecidos pela fome, porque não há quem mate, e caem em marasmo, por falta das verdades que os nutram. Ide vós instruí-los, pois para isso Eu vos reúno e vos mando.
Daí o pão do espírito á fome dos espíritos.
Instruir os ignorantes corresponde, no campo espiritual, a matar a fome dos esfomeados e, se um prêmio é dado pelo pão oferecido ao corpo enfraquecido, para que não morra naquele dia, que prêmio não será dado, então, a quem mata a fome que um espírito sente das verdades eternas, dando-lhe a vida eterna? Não sejais avarentos com o que sabeis. Tudo vos foi dado sem despesas para vós, e sem medida. Dai-o sem avareza, porque é coisa de Deus, como a água do céu, que é dada, assim como nos foi dada.
Não sejais avarentos nem soberbos daquilo que sabeis. Mas daí com humilde generosidade. E daí o refrigério puro e benéfico da oração aos vivos e aos mortos, que sentem sede de graças. Não se deve recusar água ás faces sedentas. E, então, aos corações dos vivos angustiados e aos espíritos sofredores dos mortos? Orações, orações fecundas por serem atos de amor, feitos com espírito de sacrifício.
A oração há de ser verdadeira, não mecânica, como o som de uma roda na estrada. Será o som ou será a roda que faz o carro ir para a frente? É a roda que se desgasta para levar o carro para a frente. A mesma coisa se diga da oração vocal e mecânica e da oração ativa. A primeira é som, e nada mais. A segunda age, enquanto se desgastam as forças e cresce o sofrimento, mas consegue o que se deseja. Rezai mais com o sacrifício do que com os lábios, e dareis um refrigério aos vivos e aos mortos, praticando a segunda obra de misericórdia espiritual. O mundo será mais salvo pelas orações dos que sabem orar do que pelas fragorosas, inúteis e mortíferas batalhas.
Muitas pessoas do mundo sabem disso. Mas não sabem crer com firmeza. Como se estivessem presas entre dois campos opostos. Elas ficam movendo-se de um lado para outro, sem conseguirem dar um passo a frente e esgotam suas forças, sem nenhum resultado. Estes são os duvidosos. São os que vivem dizendo: “mas”, ou “se”, ou “depois”. São os que vivem fazendo perguntas: “ Depois vai ser assim?”, “ E se não for?”, “Poderei eu?”, “ E se não conseguir?”, e assim por diante. São como as trepadeiras que, se não acharem onde agarrar-se, não sobem, ou que, mesmo se o encontrarem, vão se pendurando aqui e ali, mas não só ainda precisam que se lhes dê uma escora, mas é preciso guiá-las ao longo da escora, ao correr das horas, ao passar dos dias. Oh! Como elas fazem realmente que exercitemos nossa paciência e caridade, mais do que o faz um menino retardado!
Mas, em nome do Senhor, não as abandoneis. Daí de vós uma fé cheia de luz, uma fortaleza ardorosa a estes prisioneiros de si mesmos e de sua nebulosa doença. Guia-os para o sol e para o alto. Sede mestres e pais para esses duvidosos, não tenhais com eles canseiras nem impaciências. Eles vos fazem cair os braços? Tudo bem. Vós também Me fazeis cair os meus tantas vezes, e mais ainda, ao Pai, que está nos Céus, que deve muitas vezes pensar que inutilmente sua Palavra deve ter-se feito carne, até mesmo agora que Ele está ouvindo falar o Verbo de Deus. Não querereis já ficar presumir que vós sois mais do que Deus, e mais do que Eu!
Portanto, abri os cárceres a estes prisioneiros dos “mas” e dos “se”. Soltai-os dos grilhões dos “poderei”, “e se não consigo?” Procurai persuadi-los de que basta fazer tudo na melhor maneira que puder e Deus fica contente. E, se estais vendo que eles estão escorregando para longe da escora, não vades adiante, mas tornai a erguê-los. Fazei como fazem as mamães, que não vão para diante, se o seu pequenino cai, mas param, e o reerguem, o limpam, o consolam, e o seguram até que lhe tenha passado o medo de um novo tombo. E elas fazem isso durante meses e anos, se o pequenino ainda está com as pernas fracas.
VESTI OS NUS NO ESPÍRITO, COM O PERDÃO A QUEM VOS OFENDE.
A ofensa é uma falta de caridade. A falta de caridade nos esvazia de Deus. Por isso, quem ofende se torna nu, e só o perdão do ofendido recoloca vestes na nudez dele. Pois Deus as dá de novo. Para perdoar, Deus espera que o ofendido haja perdoado. Perdoar tanto ao que foi ofendido pelo homem, como ao ofensor do homem e de Deus. Porque podeis crer, ninguém há sem ofensas ao Senhor. Mas Deus nos perdoa a nós, se nós perdoamos ao próximo, e perdoa ao próximo, se o ofendido pelo seu próximo lhe perdoa. Ser-vos-á feito conforme fizerdes.
Perdoai, pois, se quereis o perdão. E vos alegrareis no Céu pela caridade que tiverdes praticado, como se um manto de estrelas tivesse sido posto sobre vossos ombros santos.
SEDE MISERICORDIOSOS COM OS QUE CHORAM.
São os feridos da vida, os doentes do coração com os seus afetos.
Não vos fecheis na vossa serenidade, como em um fortaleza. Sabei chorar com quem chora, consolar os que estão aflitos, encher o vazio de quem pela morte ficou sem um parente. Sede pais com os filhos, filhos com seus progenitores, irmãos uns com os outros.
Amai. Por que haveremos de amar só os que são felizes? Estes já têm a sua parte ao sol. Amai os que choram. Para o mundo são eles os menos amáveis. Mas o mundo não sabe qual o valor da lágrimas. Vós o sabeis. Amai, portanto, os que choram. Amai-os se em seu choro estiverem resignados. Amai-os, e ainda, se em sua dor estiverem revoltados. Não useis de censura, mas de doçura, ao quererdes persuadi-los da verdade da dor e da própria dor. Podem eles, por entre o véu do pranto, estar vendo deformado o rosto de Deus, reduzido á expressão de uma prepotência vingativa. Não. Não vos escandalizeis. Não é mais do que uma alucinação produzida pela febre da dor.
Socorrei-os, até que a febre baixe. A vossa fé serena seja como o gelo que se aplica em quem está delirando.
E, quando a febre mais aguda baixa, e começa o abatimento e a alienação cheia de surpresa de quem está voltando de um trauma, então como a crianças, a quem uma doença impediu de se desenvolverem intelectualmente, voltai a falar-lhes de Deus, como de uma coisa nova, com doçura e paciência...Oh! alguma bela história, contada para entreter o eterno menino que é o homem! Depois calai-vos. Não importais nada... A alma trabalha por si. Ajudai-a com carícias e com a oração. E, quando ela diz: “ Então, não foi Deus?”, dizei-lhe: “Não. Ele não te queria fazer mal, porque Ele te ama, até por quem já não te ama, porque morreu, ou por outras causas.”
E, quando a alma diz: “ Mas eu o acusei”, dizei-lhe: “ Ele já se esqueceu disso, pois foi por causa da febre.” E quando ela diz: “ Então, eu quereria?”, dizei-lhe: “Ei-lo! Está á porta do teu coração, só esperando que tu lhe abras.”
SUPORTAI AS PESSOAS ABORRECIDAS.
Elas entram para perturbar a pequena casa do nosso eu, assim como os peregrinos entram para perturbar a casa em que moramos. Mas, assim como Eu já vos disse que acolhais aqueles, assim vos digo que acolhais estes.
Vos aborrecem? Mas, se vós não amais pelo incômodo que vos dão, elas, ,ais ou menos bem, vos amam. Por este amor, acolhei-as. E, ainda que elas viessem indagando, odiando, insultando, exercitai paciência e caridade. Podeis melhorá-las com vossa falta de caridade. Podeis melhorá-las com a vossa paciência. Podeis escandalizá-las com vossa falta de caridade. Que vos entristeça que elas pecam por si mesmas, mas, que vos cause mais tristeza fazê-las pecar e vós mesmos pecardes. Recebei-as em meu nome, caso não as podeis receber por vosso amor. E Deus vos recompensará, vindo Ele depois, a retribuir a visita e a apagar a lembrança desagradável com as suas carícias espirituais.
Finalmente, procurai:
SEPULTAR OS PECADORES, PARA PREPARAR A VOLTA À VIDA DA GRAÇA.
Sabeis quando fazeis isso? Quando admoestais os mesmos com uma fraterna, paciente e amorosa insistência. É como se vós sepultásseis pouco a pouco as feiuras do corpo, antes de entregá-lo ao sepulcro para ficar à espera da ordem de Deus: “ Levanta-te, e vem a Mim.”
Não purificamos os mortos, nós hebreus, por respeito ao corpo que haverá de ressuscitar? Admoestar os pecadores é como que purificá-los em seus membros, primeira operação para o sepultamento. O resto, a Graça do Senhor o fará. Purificai-os com caridade, lágrimas e sacrifícios. Sede heróicos em arrebatar uma alma da corrupção. Sede heróicos. Isto não ficará sem prêmio. Porque, se vai ser dado um Prêmio por um copo de água dado a um sedento de corpo, que não será dado a quem tira da sede infernal uma alma?
Tenho dito.
Estas são as obras de misericórdia corporais e espirituais que aumentam o amor. Ide e praticai-as.
E a paz de Deus e a minha esteja convosco agora e sempre.
(O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol 4, pgs 333 a 347)
Fonte: www.provasdaexistenciadedeus.blogspot.com.br  (do amigo Antonio Calciolari)

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Olavo de Carvalho e o que é Direito

Um direito não é algo que exista em si, é apenas o efeito da obrigação. Proclamar um direito sem definir o titular da obrigação correspondente é cuspir bolhas de sabão, é fingimento histérico. Foi por isso que Deus ditou a Moisés Dez Mandamentos, dez obrigações, não dez direitos.

Um “princípio”, em filosofia, é uma afirmativa autofundante e universalmente válida, que portanto não depende de nenhuma outra nem é limitada por quaisquer considerações externas.
Um mecanismo bem conhecido da mente humana, no entanto, faz com que as afirmativas mais débeis e incertas sejam tomadas como princípios absolutos justamente porque os seus propugnadores não sabem fundamentá-las nem são capazes de atinar com as conseqüências da sua aplicação. Despida de toda conexão lógica e de toda ligação com a realidade da experiência, a idéia solta paira no ar como uma divindade indestrutível, tanto mais hipnoticamente persuasiva quanto mais idiota.
Todos nós gostamos de viver numa democracia. No mínimo, acreditamos, como Churchill, que ela é o pior dos regimes, excetuados todos os outros. Quando vemos a facilidade com que ela se autodestrói, cedendo lugar a toda sorte de tiranias, ficamos consternados e imaginamos que isso se deve à concorrência desleal de concepções antagônicas. Mas essas concepções não teriam o poder mágico de obscurecer as vantagens óbvias de viver numa democracia se esta mesma não sofresse de alguma debilidade intrínseca que a torna vulnerável mesmo aos ataques mais grosseiros e imbecis.
A debilidade principal da democracia reside, segundo entendo, no fato de que, sendo uma excelente idéia prática e nada mais, ela buscou desde o início escorar-se em fundamentos teóricos falsamente  absolutos que a colocam num estado permanente de autocontradição e têm de ser diariamente negados, relativizados ou atenuados para que ela possa continuar funcionando. A democracia vive de expedientes antidemocráticos e sorrisos amarelos.
O primeiro e o mais capenga desses fundamentos é a noção de que o ser humano nasce investido de “direitos inalienáveis”. Um direito, como demonstrou Simone Weil no seu majestoso livro L’Enracinement, não é nada senão uma obrigação de alguém mais. Se digo que as crianças têm o direito à alimentação, significa que alguém tem a obrigação de alimentá-las. Um direito não é algo que exista em si, é apenas o efeito da obrigação. Proclamar um direito sem definir o titular da obrigação correspondente é cuspir bolhas de sabão, é fingimento histérico. Foi por isso que Deus ditou a Moisés Dez Mandamentos, dez obrigações, não dez direitos. Mas, quando o Rei Luís XVI disse que A Declaração dos Direitos do Homem nada seria sem uma Declaração dos Deveres, cortaram-lhe a cabeça. A democracia começou tomando uma conseqüência como princípio e matando quem percebesse a inversão.
Isso não quer dizer que os direitos fossem errados, na prática. O problema é que nenhuma sociedade pode sobreviver sem impor obrigações. Como as obrigações foram banidas da esfera dos princípios, a incumbência de defini-las acabou cabendo à legislação comum, donde resultou a criação desse monstrengo que é o poder legislativo permanente, uma corporação de centenas de pessoas que passam o tempo todo criando obrigações e proibições para todas as outras. Milhares, centenas de milhares de obrigações e proibições. Leis em quantidade inabarcável por qualquer cérebro humano. Era preciso ser muito sonso para não perceber que por essa via o Estado logo se tornaria o mediador onipresente de todas as relações humanas, estrangulando a liberdade em nome da qual os direitos foram proclamados.
[Continua] 

Publicado no Diário do Comércio.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O Beijo de Judas Iscariotes - O inimigo está dentro

Do site Rainha Maria e outros sites:

O Beijo de Judas Iscariotes: Palavras claras e corajosas sobre a Crise na Igreja


03.03.2012 -  Nota de  www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura
Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniqüidade, o filho da perdição, (II Tessalonicenses 2,3)
Iniciamos hoje a publicação de uma série de três artigos de autoria do Reverendíssimo Padre Michael Rodriguez, sacerdote da diocese de El Paso, EUA.
* * *

O Beijo de Judas Iscariotes: O Inimigo está Dentro 

Parte I
Por Padre Michael Rodriguez
Em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. Dignáre me laudáre te, Virgo sacráta. Da mihi virtútem contra hostes tuos. Benedictus Deus in sanctis suis. Amém.
 
Padre Michael Rodríguez.
Padre Michael Rodríguez.
Tenham cuidado! O inimigo está bem dentro da Santa Igreja Católica Romana. Na noite mais sagrada da história da humanidade, quando o Filho de Deus instituiu a Eucaristia e o Sacerdócio… a serpente estava lá, sussurrando no ouvido de Judas Iscariotes.
(1) Santo Evangelho segundo São Mateus, Capítulo 26: 46-49: “Levantai-vos, vamos! Aquele que me trai está perto daqui. Jesus ainda falava, quando veio Judas, um dos Doze, e com ele uma multidão de gente armada de espadas e cacetes, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo. O traidor combinara com eles este sinal: Aquele que eu beijar, é ele. Prendei-o! Aproximou-se imediatamente de Jesus e disse: Salve, Mestre. E beijou-o.”
(2) São Paulo, o grande Apóstolo, falando aos bispos e clero em Êfeso, Atos 20: 28-30, “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue. Sei que depois da minha partida se introduzirão entre vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho. Mesmo dentre vós surgirão homens que hão de proferir doutrinas perversas, com o intento de arrebatarem após si os discípulos.”
(3) Em uma carta escrita em 4 de dezembro de 1970, Ir. Lúcia, de Fátima, escreveu: “Nossa Senhora solicitou e recomendou que o Rosário fosse rezado todos os dias, tendo repetido isso em todas as Aparições como se ela estivesse nos advertindo de que, nesses tempos de desorientação diabólica, não devemos nos deixar enganar por falsas doutrinas que diminuem a elevação de nossa alma a Deus através da oração.”
(4) Juntamente com São Basílio, São Gregório Nazianzeno e Santo Atanásio, São João Crisóstomo é tido como um dos quatro grandes Doutores Orientais da Igreja.
São João Crisóstomo nasceu em 344 A.D. e passou a maior parte de sua vida em Antioquia, a cidade onde os sete macabeus foram martirizados e onde, pela primeira vez, homens foram chamados de “cristãos”. Em 398 A.D, São João Crisóstomo foi consagrado Arcebispo e Patriarca de Constantinopla.
São João Crisóstomo foi simplesmente o oposto de seu predecessor, o afável bispo Nectário. São João começou a “limpar a casa,” dando ao clero mais trabalho e insistindo na necessidade de mais oração. Ele exigia que os monges retornassem a seus mosteiros em vez de ficar vagando, como alguns faziam. São João não dava banquetes, comia uma refeição frugal à noite, vestia-se modestamente, vendeu o rico mobiliário do palácio episcopal e deu o dinheiro, comida e roupas aos pobres.
Dois de seus maiores inimigos eram bispos, Severiano, Bispo de Gabala, na Síria, e Teófilo, Patriarca de Alexandria. Com a ajuda e suporte da Imperatriz, Eudóxia, Teófilo reuniu um grupo de  bispos do Egito e eles realizaram um Concílio falso para depor São João Crisóstomo. Eles levantaram acusações falsas e frívolas contra ele — de que ele havia deposto um diácono para surrar um funcionário, de que ele havia chamado vários de seus clérigos de homens sem categoria, de que ele havia ordenado sacerdotes em sua capela doméstica, de que ele havia vendido bens que pertenciam à igreja, de que ninguém sabia o paradeiro de suas receitas, e de que ele fazia suas refeições sozinho. Eles também o acusaram de traição contra o imperador. O imperador emitiu uma ordem para bani-lo, mas esta foi desafiada por seu povo, que se reuniu ao redor da igreja para proteger o seu pastor.  Em um sermão de despedida aos fiéis, São João Crisóstomo exclamou:  “Tempestades violentas me rodeiam de todos os lados, ainda assim não tenho medo, porque  estou firmado em uma rocha. Embora o mar se agite, e as ondas se elevem bem alto, elas não podem afundar o navio de Jesus. Não temo a morte, que é um ganho para mim, nem o exílio, porque toda a terra é do Senhor, nem a perda de bens, porque vim ao mundo nu e devo deixá-lo na mesma condição. Cristo está comigo, a quem temerei?”
(5) São João Eudes fundou a Congregação de Jesus e Maria. Juntamente com Santa Maria Margarida Alacoque, foi o fundador e iniciador da devoção do Sagrado Coração. Nasceu na Normandia, França, em 1601, e faleceu em 1680. “A marca mais evidente da ira de Deus e o castigo mais terrível que Ele pode infligir ao mundo são manifestos quando Ele permite que seu povo caia nas mãos de padres que são sacerdotes mais no nome do que em atos, sacerdotes que praticam a crueldade de lobos vorazes em vez da caridade e afeição de pastores devotos.”
(6) La Salette ainda hoje é uma pequena aldeia no alto dos Alpes franceses próximo de Grenoble. Em 19 de setembro de 1846, duas crianças pobres, Melanie Mathieu, de 14 anos e Maximin Giraud, de 11 anos , viram uma Senhora extraordinariamente bela enquanto vigiavam o gado na montanha. Ela lhes disse para não temerem, e que ela tinha vindo para dizer-lhes algo de grande importância. Cinco anos mais tarde, esta Aparição da Santa Mãe de Deus foi aprovada pela Igreja Católica. De 1858 até 1877, Melanie disseminou a mensagem de Nossa Senhora de La Salette, e a pôs por escrito em 1878.
De acordo com a Mãe de Deus em La Salette, “Os sacerdotes, ministros de meu Filho, os sacerdotes, por suas vidas perversas, por sua irreverência e sua impiedade na celebração dos santos mistérios, por seu amor ao dinheiro, seu amor a honras e prazeres, os sacerdotes se tornaram fossas de impureza. Ai dos sacerdotes e daqueles dedicados a Deus que através de suas vidas  perversas estão crucificando o meu Filho novamente!”
(7) O Papa Leão XIII reinou por vinte e cinco anos (1878-1903) e morreu na idade de 93, no ano de 1903. Durante o seu pontificado, ele tomou conhecimento da infiltração maciça do ateísmo, ocultismo e de todas as formas do mal penetrando a sociedade. Ficou particularmente perturbado pela influência dos maçons, cujo objeto era a ruína da Igreja Católica. Ele teve uma experiência mais que extraordinária com relação ao mal. Enquanto se consultava com vários cardeais na capela privada do Vaticano, em 13 de outubro de 1884 (exatamente 33 anos antes do “Milagre do Sol”, em Fátima), ele acabou passando diante do altar, onde parou subitamente e pareceu perder toda a consciência do que estava ao seu redor. Sua face delgada ficou pálida, seus olhos ficaram estarrecidos de terror e ele ficou imóvel por vários minutos até que as pessoas que estavam ao seu redor pensaram que ele estivesse prestes a morrer. Seu médico correu para o seu lado, mas em um ou dois momentos o Papa se recuperou e quase de maneira dolorosa exclamou: “Oh! Que palavras terríveis eu ouvi.” O Papa então compôs a famosa oração a São Miguel Arcanjo.
Depois de um tempo, o Papa Leão XIII confidenciou o que havia ocorrido em sua visão. O demônio, com voz gutural, se gabou a Deus de que ele poderia destruir a Igreja se ele tivesse mais tempo e mais poder. Então, ele pediu a Deus 75 anos, depois 100 anos. Sua solicitação foi concedida por Deus, com o entendimento de que haveria uma punição quando ele falhasse.
Como forma de implorar a proteção divina contra Satanás, o Papa Leão XIII ordenou a recitação das Três Ave-Marias e a oração a São Miguel Arcanjo após toda Missa Rezada. A recitação dessas orações após a Missa foi descontinuada em muitas paróquias após o Vaticano II.
(8) Em sua Carta Encíclica, Pascendi Dominici Gregis, de 8 de setembro de 1907, na qual ele condenou a heresia do modernismo, o Papa São Pio X escreveu que os hereges “não estavam apenas dentre os inimigos declarados da Igreja; mas, o que é mais assustador e deplorável é que eles estavam em seu próprio seio.” Ele chama esses modernistas de “os mais perniciosos de todos os adversários da Igreja”. Salienta que eles buscam destruir a Igreja a partir de dentro e escreve que esse perigo “está presente quase nas próprias veias e coração da Igreja.”
(9) De 1958 até 1964, o Pe. Malachi Martin atuou em Roma como padre jesuíta, onde ele tinha contato próximo com o cardeal Augustin Bea e dois Papas, João XXIII e Paulo VI. De acordo com o Pe. Martin, uma cerimônia diabólica chamada “A Entronização do Arcanjo Decaído Lúcifer” foi realizada na Capela de São Paulo dentro o Vaticano e esteve relacionada a ritos satânicos que ocorreram simultaneamente nos EUA (muito possivelmente, em Charleston, Carolina do Sul), em 29 de junho de 1963, quase uma semana após a eleição do Papa Paulo VI.  Satanás foi então formalmente entronizado no Vaticano.
(10) No início dos anos 60, durante a época do Concílio Vaticano Segundo, nossa Mãe Santíssima apareceu em Garabandal, uma pequena aldeia nas montanhas a nordeste da Espanha. Ela apareceu a quatro moças: María Loli, Conchita, Jacinta, e María Cruz. Apesar das aparições não serem formalmente aprovadas pela Igreja, o Santo Padre Pio as apoiou 100%, e o bispo local confirmou que não havia nada na mensagem que fosse contrária à Fé Católica. Nossa Senhora de Garabandal disse: “muitos cardeais, bispos e sacerdotes estão na estrada para o inferno e arrastam muito mais almas junto consigo.”
(11) No nono aniversário de sua coroação como Papa, na Festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, em 29 de junho de 1972, o Papa Paulo VI pregava:  “Acreditamos que após o Concílio  viria um dia de sol brilhante para a história da Igreja. Porém, invés disso veio um ida de nuvens, tempestades e de escuridão… e como foi que isso aconteceu? Há um poder, um poder adversário. Chamemo-nos pelo nome: o demônio. Parece que por alguma rachadura misteriosa a fumaça de Satanás entrou no templo de Deus.”
(12) O Papa João Paulo II, em 7 de fevereiro de 1981, apenas alguns anos em seu pontificado, afirmou: “Devemos admitir realisticamente  e com sentimentos de profunda dor que os cristãos hoje em dia em grande medida se sentem perdidos, confusos, perplexos e até mesmo decepcionados; idéias opostas à verdade revelada e sempre ensinada estão sendo espalhadas em abundância no exterior; heresias, no sentido pleno e próprio da palavra, foram espalhadas na área de dogma e moral, criando dúvidas, confusões e rebelião; a liturgia foi adulterada. Os cristãos são tentados pelo ateísmo, agnosticismo e pelo cristianismo sociológico destituído de dogmas definidos ou uma moralidade objetiva.”
(13) Em 17 de março de 1990, o Cardeal Oddi deu o seguinte testemunho ao jornalista italiano Lucio Brunelli, “O Terceiro Segredo não tem nada a ver com Gorbachev. A Virgem Maria nos alertou contra a apostasia na Igreja.”
(14) Em uma entrevista de 1992 com o Pe. Malachi Martin, ele disse o seguinte: “Não há dez bispos que concordem com alguma coisa. Não há duzentos padres que concordem com alguma coisa. Não há coesão sobre a presença real do Santíssimo Sacramento, sobre a devoção a Nossa Senhora, sobre o valor do celibato, sobre o valor da pureza, sobre o valor do matrimônio, ou sobre o valor da vida humana. Estamos divididos pela dissensão. A maioria dos católicos romanos da América aceitam a contracepção. A maioria aceita o aborto como opção. Um elevado percentual aceita o homossexualismo. O que é isso? Temos o homossexualismo nos seminários, dirigidos pelos bispos. Temos hereges ensinando nos seminários, dirigidos pelos bispos. Pera lá! A Igreja como a conhecíamos não existe mais! E Roma não pode fazer nada a respeito. O Cardeal Ratzinger não pode fazer nada a respeito. O Papa não pode fazer nada a respeito. Eles sabem disso tudo, mas eles não podem fazer nada a respeito. Então, descobrimos que há um anel de sacerdotes na Arquidiocese de Chicago, que tem praticado pedofilia satânica entre si e assassinado qualquer membro dissidente de seu próprio grupo. Por quanto tempo isso tem ocorrido? E ninguém tem feito nada a respeito! Pera lá, a organização é uma fachada! A Igreja não existe como antes.”
(15) A edição de novembro de 2000 do periódico Christian Order continha a seguinte informação: “Nos anos 30, a liderança comunista emitiu uma diretriz mundial sobre a infiltração na Igreja Católica. Enquanto que no início dos anos 50, a Sra. Bella Dodd também fornecia explicações detalhadas da subversão comunista da Igreja. Falando como ex-oficial de alta patente do Partido Comunista Americano, a Sra. Dodd dizia: Nos anos 30 colocamos mil e cem homens no sacerdócio a fim de destruir a Igreja a partir de dentro.” A idéia era que esses homens fossem ordenados e progredissem em seus cargos de influência e autoridade, como Monsenhores e Bispos. Doze anos antes do Vaticano II ela afirmou que: “Justo agora eles estão nos lugares mais altos da Igreja”—onde eles estavam trabalhando para mudar a Igreja. Ela disse que essas mudanças seriam tão drásticas que “vocês não reconheceriam a Igreja Católica.”
(16) No outono de 2002, o Pe. Nicholas Grüner, perito de Fátima mundialmente conhecido, escreveu: “Deus também nos fala através da Mensagem de Fátima que Ele punirá o mundo através de quatro castigos —guerra, fome, perseguição à Igreja e perseguição ao Santo Padre. O que a maioria das pessoas não sabe, incluindo aqueles na Igreja, é que a perseguição à Igreja é o que estamos enfrentando atualmente. Isso é um castigo terrível. A Santa Madre Igreja atualmente está sendo perseguida pela infiltração de homens perversos; homens hereges; homens apóstatas, como, por exemplo, maçons, comunistas e, particularmente, pela rede de pedofilia e homossexuais. A perseguição da Igreja é um castigo espiritual muito pior do que todos os castigos materiais. É esse castigo espiritual que está na raiz do escândalo de pedofilia na Igreja hoje em dia.”
(17) Em anos recentes, vimos a renúncia dos arcebispos de Atlanta e Santa Fé, que deixaram suas sés devido a assuntos envolvendo mulheres; dois bispos de Palm Beach, Flórida, em sucessão renunciaram sob a acusação de ter abusado de rapazes; um bispo em Santa Rosa, CA, renunciou após acusações sérias de ter molestado sexualmente um de seu sacerdotes e ter falido a sua diocese; um bispo em Springfield, IL, renunciou sob as acusações de promiscuidade homossexual; um bispo auxiliar de Nova York morreu de AIDS após anos de reabilitação intermitente de drogas; um outro bispo auxiliar de Nova York renunciou após ter admitido relacionamentos com mulheres; um Arcebispo de Milwaukee renunciou repentinamente depois que o pagamento de $450.000,00 a um rapaz veio à luz; um bispo de São Petersburgo confessou que um acordo de $100.000,00 foi feito com um funcionário que o havia acusado de assédio sexual.
Suub tuum præsídium confúgimus, sancta Dei Génetrix; nostras deprecatiónes ne despícias in necessitátibus nostris, sed a perículis cunctis líbera nos sempre, Virgo gloriósa et benedícta.
Fonte http://fratresinunum.com/


O Beijo de Judas Iscariotes: O Inimigo está Dentro (Parte 2)


14.03.2012 - Continuamos a publicação da série de três artigos de autoria do Reverendíssimo Padre Michael Rodriguez, sacerdote da diocese de El Paso, EUA.
 
Por Padre Michael Rodriguez
Parte 2
Em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. Dignáre me laudáre te, Virgo sacráta. Da mihi virtútem contra hostes tuos. Tibi laus, Tibi glória, Tibi gratiárum áctio in sǽcula sempitérna, o beáta Trínitas. Amém.
(1) Na Última Ceia, João 13:21, “Dito isso, Jesus ficou perturbado em seu espírito e declarou abertamente: Em verdade, em verdade vos digo: um de vós me há de trair!…” vv. 26-27, “Jesus respondeu: É aquele a quem eu der o pão embebido. Em seguida, molhou o pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. Logo que ele o engoliu, Satanás entrou nele. Jesus disse-lhe, então: O que queres fazer, faze-o depressa.
(2) No Santo Evangelho segundo São Mateus, Capítulo 10, o Filho de Deus diz aos seus doze discípulos: “O irmão entregará seu irmão à morte. O pai, seu filho. Os filhos levantar-se-ão contra seus pais e os matarão. Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo. Se vos perseguirem numa cidade, fugi para uma outra.”
(3) Em 26 de dezembro de 1957, a Irmã Lúcia, de Fátima, falou ao Pe. Fuentes, “A Bem-Aventurada Virgem Maria me contou que o demônio está com vontade de se engajar em uma batalha decisiva contra a Virgem. De agora em diante precisamos escolher os lados. Ou estamos a favor Deus ou estamos a favor do demônio. Não há outra possibilidade.”
(4) A heresia do Arianismo causou uma confusão catastrófica na Igreja de 336 A.D. a 381 A.D. O arianismo foi condenado em 325 A.D. em Nicéia, onde o Primeiro Concílio Ecumênico foi realizado. Ainda em 336 ele surgiu novamente. A heresia ao final arrastou 90% dos bispos antes que fosse finalmente derrotada cinqüenta anos mais tarde. Na confusão e perda de fé daí decorrentes, mesmo o grande Santo Atanásio foi perseguido e enviado ao exílio.
(5) São João Gualberto, Abade, nasceu em Florença, Itália, ao final do século X. Ele se tornou fundador dos Beneditinos Ambrosianos de Val. A virtude cristã heróica de São João foi demonstrada por ter perdoado o assassino de seu próprio irmão. Antes de se tornar um monge, ele havia procurado o assassino de seu irmão com um bando de soldados. Quando eles encontraram o assassino, o assassino colocou os seus braços em forma de cruz e pediu-lhe clemência pelo amor de Cristo crucificado. São João o perdoou, e através desse grande ato de perdão, Deus levou a São João a se tornar um monge.
Apesar de suas virtudes cristãs exemplares de misericórdia e perdão, São João Gualbert não hesitou em buscar a remoção de um prelado corrupto de sua época. São João foi à Roma para pedir ao Papa para destituir o Arcebispo de Florença porque ele era indigno de seu cargo. O fundamento para a petição de São João era que o Arcebispo havia pago dinheiro a determinadas pessoas de influência a fim de ser ele mesmo nomeado Arcebispo.
(6) A Aparição da Bem-Aventurada Virgem Maria em La Salette foi aprovada pela Igreja Católica em 1851. De acordo com Nossa Senhora de La Salette, “O vigário de meu Filho terá muito que sofrer, uma vez que, por um tempo, a Igreja será a vítima de grande perseguição: este será um tempo de escuridão. A Igreja sofrerá uma crise terrível. Todos os governos civis terão um e o mesmo plano, que será o de abolir e acabar com todo princípio religioso, abrir caminho para o materialismo, ateísmo, e vício de todos os tipos. Roma perderá a Fé e se tornará a sé do Anticristo.”
(7) No final dos anos trinta, antes de se tornar Papa Pio XII, o Cardeal Eugenio Pacelli afirmou: “Estou preocupado com as mensagens da Bem-Aventurada Virgem à Lúcia de Fátima. Essa persistência de Maria sobre os perigos que ameaçam a Igreja é um alerta divino contra o suicídio de alterar a Fé, em sua liturgia, Sua teologia e Sua alma.”
(8) Antes falecer, em 1981, o Pe. Joaquin Alonso, que foi o arquivista oficial de Fátima durante dezesseis anos, testemunhou o seguinte, em referência ao Terceiro Segredo de Fátima: “Portanto, é completamente provável que o texto faça referências completas à crise de fé dentro da Igreja e à negligência dos próprios pastores [e às] lutas internas no próprio seio da Igreja e da negligência pastoral grave da alta hierarquia.”
(9) Em uma entrevista de 1991 com o Pe. Malachi Martin, ele disse o seguinte: “Tudo o que sabemos dos santos e dos Papas a partir do século dezenove nos diz que o nosso século em particular é o tempo de crise no qual existe uma batalha de dois mil anos entre Cristo e Satanás. Se tivermos que ser bastante francos, devemos dizer que há um aumento enorme no pecado público ou legalizado. Há um aumento enorme no número de abortos. Há um aumento enorme na quantidade de pornografia. Esses acontecimentos devem ser atribuídos a uma atividade intensa por parte de Satanás. Penso que estamos testemunhando a escalada para o ponto de crise da grande batalha entre Lúcifer e Maria, a Mãe de Deus.”
(10) Pe. Malachi Martin, em uma entrevista de 1991: “Os clérigos não tomarão medidas verdadeiras porque eles não querem problemas. Eles não querem ser impopulares. Eles não querem ser mártires. Muitos bispos e padres pensam que não há nada errado com o aborto. Eles perderam a sua fé. Eles não são mais católicos. Eles se tornaram alguma forma de neo-católicos, que é meio caminho entre os anglicanos e os clubes rotarianos. No campo da educação, a situação é até mesmo pior. Não há dúvida de que o ensinamento do catecismo, o ensino da religião, desapareceu. Os jesuítas, dominicanos, carmelitas e franciscanos se tornaram secularizados. E você não pode falar mais sobre faculdades católicas. Não há como estimar o dano que tem sido feito. Hoje em dia, os marxistas, lésbicas e homossexuais têm direitos iguais nos campus católicos. Eles ensinam sobre preservativos, o estilo de vida homossexual e a eutanásia. Os estabelecimentos católicos de ensino querem ser como os outros. Querem se adaptar ao sistema, mas infelizmente o sistema é imoral. Assim, a condição da Igreja é muito triste a partir desse ponto de vista. Além desses problemas existe o fato de que a Igreja está dilacerada por facções. A grande maioria dos católicos nos países ocidentais agora foram afastados da Igreja como ela era. Eles não rezam mais da mesma maneira. Eles não pensam mais da mesma maneira. O jejum e a abstinência acabaram. Nossa Igreja está sendo completamente secularizada porque a fé desapareceu”.
(11) O Papa João Paulo II, escrevendo sobre a Igreja na Europa, em sua Exortação Apostólica Ecclesia in Europa, 28 de junho de 2003, No. 9 afirma: “Na raiz desta perda de esperança está uma tentativa de promover uma visão de homem separada de Deus e separada de Cristo. A cultura europeia dá a impressão de “apostasia silenciosa” por parte de pessoas que têm tudo que precisam e que vivem como se Deus não existisse.
(12) Bernard Janzen, jornalista canadense e editor, escreveu em 1990, “Há frequentemente uma enorme discrepância entre a realidade de uma determinada situação e a sua imagem sendo projetada ao público. O período da história da Igreja após o Vaticano II foi apresentado pelas autoridades eclesiásticas atuais como uma grande renovação e um segundo Pentecostes. As duras realidades do declínio estatístico, perda disseminada da fé entre os fiéis, e incontáveis escândalos confirmam que este exercício de relações públicas tem sido um ato de grande decepção.”
..Posso lembrar a vocês que o pai da mentira e do erro é ninguém mais que o próprio Satanás.
(13) Pe. Malachi Martin, em uma entrevista de 1990 disse: “Oh, penso que a Missa Nova é a causa de todas as nossas dificuldades. É uma calamidade porque Monsenhor Annibale Bugnini elaborou essa Missa deliberadamente para criar uma cerimônia não católica. Uma dificuldade com a Missa Nova é que ela ensejou Missas inválidas. Ela também tirou das mentes das pessoas do ponto central da Missa, o Sacrifício no Calvário. Agora se trata de uma refeição em comum, feita em uma mesa. O sacerdote é o ministro. Nós as pessoas fazemos uma refeição juntos.”
Não é sem razão que São João Crisóstomo, Doutor da Igreja, declara: “Os corredores do inferno estão pavimentados com crânios de bispos.”
(14) No início do ano 2000, uma rede de bate-papo internacional de padres homossexuais via Internet chamada “Anjos de São Sebastião” foi exposta. O sítio consistia de fotografias pornográficas e linguagem obscena e conversas entre clérigos católicos homossexuais. Particularmente ofensivo é o bispo desbocado Reginald Cawcutt, Bispo Auxiliar de Cape Town, África do Sul, que expressa as suas fantasias homossexuais nesta sala de bate-papo. Por mais de dois anos, Cawcutt não sofreu nenhuma penalidade por parte do Vaticano. Ele continuou sendo o Representante Episcopal da Conferência de Bispos Católicos da África do Sul para AIDS e Comunicações Sociais. O bispo Cawcutt renunciou em desgraça somente depois que o The Washington Times publicou histórias que expuseram o seu envolvimento com os Anjos de São Sebastião.
(15) O Arcebispo Rembert Weakland, ex-chefe da arquidiocese de Milwaukee renunciou em 2002 devido a um escândalo homossexual e financeiro. Paul Marcoux, ex-aluno de teologia da Universidade Marquette, revelou, em maio de 2002, que ele recebera $450.000,00 para liquidar uma reclamação de ataque sexual que fez contra o arcebispo há mais de duas décadas antes. O dinheiro veio da arquidiocese. Weakland também deixou de dar um basta em padres abusadores e permitiu que eles estivessem no ministério ativo sem alertar os paroquianos ou a polícia. Os defensores das vítimas de abuso disseram que o acobertamento de Weakland de sua própria atividade sexual era parte de um padrão de sigilo que incluía esconder o comportamento criminoso de molestadores de crianças.
(16) Em março de 2002, o Papa João Paulo II recebeu uma petição canônica de diversos membros dos fiéis na Arquidiocese de San Antonio, TX, buscando a destituição do Arcebispo Flores do cargo sob a alegação de que ele havia acobertado atos criminosos de abuso sexual por padres homossexuais sob seu encargo, e pago milhões de dólares em “suborno” para silenciar as vítimas desses predadores. A petição ao Papa alega que o Arcebispo Flores “foi gravemente negligente no exercício de seu cargo episcopal, falhou em proteger os bens temporais da arquidiocese, e pôs em perigo a fé das pessoas confiadas aos seus cuidados ao dar rédeas soltas a predadores sexuais em meio aos presbíteros.”
(17) Em junho de 2010, documentos de tribunal confirmam que o antigo arcebispo de Los Angeles, Cardeal Roger Mahony admitiu. em um depoimento juramentado. ter abrigado um padre molestador durante os anos 80. O molestador, Pe. Michael Baker atualmente está cumprimento pena de 10 anos de reclusão. A Arquidiocese de Los Angeles concordou em pagar uma quantia recorde fixada em US$660 milhões em 2007 a mais de 500 vítimas alegadas. John Manly, o advogado do autor, descreveu as afirmações do cardeal em seu depoimento como aquelas de alguém que ofusca, esquiva-se, mente e explica tudo”.
Sem dúvida, o inimigo está dentro. Quase 100 anos atrás, Nossa Senhora de Fátima desceu a terra para instar-nos a rezar o Santo Rosário e a fazer penitência. Ela alertou-nos que a grande apostasia na Igreja começaria no topo.
Virgo Dei Génetrix, María, deprecáre Iesum pro me.
Fonte: http://fratresinunum.com/

O Beijo de Judas Iscariotes: O Inimigo está Dentro (Parte 3)


12.04.2012 - Nota de  www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura
Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniqüidade, o filho da perdição, (II Tessalonicenses 2,3)
Com este post, concluímos a publicação da série de três artigos de autoria do Reverendíssimo Padre Michael Rodriguez, sacerdote da diocese de El Paso, EUA.
Leia a Parte 1 e 2  deste artigo
 
Leia Também
 
* * *
O Beijo de Judas Iscariotes: O Inimigo está Dentro
Parte 3
Em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. Dignáre me laudáre te, Virgo sacráta. Da mihi virtútem contra hostes tuos. Sit Nomen Dómini benedíctum! Amém.
Por Padre Michael Rodriguez
(1) Na Última Ceia, Jesus Cristo molhou o pão e o deu a Judas Iscariotes. Em João 13:30, lemos o seguinte: “Tendo Judas recebido o bocado de pão, apressou-se em sair. E era noite…”
(2) No Santo Evangelho Segundo São Mateus, Capítulo 10, o Filho de Deus diz a seus doze discípulos: “Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Vim trazer não a paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra e os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa.”
(3) Em uma entrevista de 26 de dezembro de 1957 com o Pe. Fuentes, a Ir. Lúcia de Fátima disse: “O que aflige o Imaculado Coração de Maria e o Coração de Jesus é a queda de almas religiosas e sacerdotais. O demônio sabe que os religiosos e sacerdotes que abandonam a sua bela vocação arrastam numerosas almas para o inferno… O demônio deseja tomar posse de almas consagradas. Ele tenta corrompê-las a fim de embalar as almas de leigos e com isso levá-las à impenitência final.”
(4) Em uma carta escrita em 16 de setembro de 1970, Ir. Lúcia de Fátima escreveu “o demônio foi capaz de infiltrar o mal sob o disfarce de bem,” e “o demônio foi bem-sucedido em iludir e enganar as almas que têm muita responsabilidade por causa das posições que ocupam! Eles são cegos guiando cegos.”
(5) Por volta de 1527, o Rei Henrique VIII da Inglaterra pretendia deixar a sua esposa de dezoito anos, a Rainha Catarina, e substituí-la por Ana Bolena. Ele buscou o apoio de João Fisher, um dos homens mais eminentes da época. Fisher fora um bispo exemplar da Diocese de Rochester por vinte e três anos, em uma época quando as vidas de muitos bispos eram menos que edificantes. Ele fora o favorito do pai e do avô do Rei Henrique, chanceler da Universidade de Cambridge, membro do Conselho Privado do rei, um líder na Casa dos Lordes e entre o clero, e foi reconhecido universalmente por sua piedade e erudição.
São João Fisher se opôs à traição conjugal do Rei Henrique e declarou que este e Catarina eram verdadeiros marido e mulher, suas filhas eram legítimas, e o que Deus unira nenhum homem deveria separar.
O Rei Henrique convocou toda a hierarquia da Inglaterra e exigiu que ele recebesse o título de “Protetor e Chefe Supremo da Igreja e Clero da Inglaterra”. São João Fisher liderou a oposição a este propósito, quase sozinho. Quando, em seu leito de morte, Fisher escutou que quase todos os prelados haviam assinado um juramento afirmando a supremacia de Henrique e repudiando a autoridade do Papa, ele disse: “o forte foi traído”, culpando assim mais os pérfidos eclesiásticos do que o Rei. Cerca de 95% dos bispos e clérigos ingleses traíram a Santa Madre Igreja!
Em 22 de junho de 1535, São João Fisher, aos setenta e sete anos de idade e quase incapaz de caminhar, foi levado da Torre de Londres para as proximidades da Tower Hill. No andaime, pouco antes de ser decapitado, São João Fisher disse: “Eu vim aqui para morrer pela Igreja Católica de Cristo. E eu agradeço a Deus . . .”
(6) A Igreja Católica aprovou a Aparição Mariana de Nossa Senhora do Bom Sucesso em Quito, Equador, em 1634. Nesta Aparição, a Santa Mãe de Deus disse à Venerável Madre Mariana de Jesús Torres que no final do século XIX e ao longo de grande parte do século XX na Igreja se produziria uma grande heresia. Nossa Senhora disse que o Sacramento do Matrimônio seria atacado e profanado, que leis iníquas seriam promulgadas com o objetivo de abolir este Sacramento e facilitar a todos a viverem em pecado. Nossa Senhora alertou também: “O espírito cristão decairá rapidamente, extinguindo a luz preciosa da Fé até que ela chegue ao ponto em que haverá uma quase total e geral corrupção de valores morais”. Ela falou de padres que se tornariam negligentes em seus deveres sagrados, da falta de vocações sacerdotais e religiosas, da inocência que não mais seria encontrada nas crianças nem a modéstia nas mulheres.
(7) Nossa Senhora de La Salette revelou o seguinte: “Os chefes, os líderes do povo de Deus negligenciaram à oração e à penitência, e o demônio ofuscou a sua inteligência. Eles se tornaram estrelas cadentes que o antigo demônio arrastará com a sua calda para fazê-las perecer. Um grande número de sacerdotes e membros de ordens religiosas deixarão a verdadeira religião; dentre essas pessoas haverão até mesmo bispos.”
(8) O Papa Paulo VI disse, em 29 de junho de 1972: “A fumaça de Satanás entrou na Igreja de Deus através de alguma rachadura .”
(9) No 56º aniversário do “Milagre do Sol,” em 13 de outubro de 1973, no Japão, Nossa Senhora de Akita disse à Ir. Agnes Sasagawa: “O trabalho do demônio se infiltrará na Igreja de tal maneira que se verá cardeais se opondo a cardeais, bispos contra bispos. Os padres que me venerarem serão escarnecidos e sofrerão a oposição de seus confrades…  igrejas e altares serão saqueados; a Igreja estará repleta daqueles que aceitam concessões e o demônio pressionará muitos padres e almas consagradas a deixarem o serviço do Senhor.”
(10) No sexagésimo aniversário do “Milagre do Sol,” em 13 de outubro de 1977, o Papa Paulo VI exclamou: “A cauda do demônio está funcionando na desintegração do mundo católico. A escuridão de Satanás entrou e se espalhou por toda a Igreja Católica até mesmo ao cume. A apostasia, a perda da fé, está se espalhando por todo o mundo e nos mais elevados níveis dentro da Igreja.”
(11) Em 1995, o Cardeal Mario Luigi Ciappi, teólogo papal para cinco papas consecutivos (do Papa Pio XII ao Papa João Paulo II), comunicou ao Professor Baumgartner em Salzburgo, Áustria: “No Terceiro Segredo foi predito, entre outras coisas, que a grande apostasia na Igreja começará no topo.”
(12) A Sra. Bela Dodd, que se converteu à Fé pouco tempo antes de sua morte, era advogada do Partido Comunista dos Estados Unidos. Ela dava uma série de palestras na Universidade Fordham e em outros lugares durante os anos que antecederam o Vaticano II. A edição de novembro de 2000 do periódico Christian Order reconta este testemunho de um monge que participou de uma dessas palestras no início dos anos 1950:
“Ouvi dessa mulher durante quatro horas e ela me deixou de cabelo em pé ao final. Tudo o que ela disse se tornou realidade ao pé da letra. Você poderia pensar que ela era a maior profetiza do mundo, mas não era. Ela estava simplesmente expondo passo-a-passo o plano de batalha da subversão comunista da Igreja Católica. Ela explicou que de todas as religiões do mundo, a Igreja Católica era a única temida pelos comunistas, porque ela era a única oponente de fato. A idéia toda era destruir, não a instituição da Igreja, mas sim a Fé das pessoas, e até mesmo usar a instituição da Igreja, se possível, para destruir a Fé através da promoção de uma pseudo-religião: algo que lembrava o catolicismo, mas que não era a coisa real. Uma vez que a Fé fosse destruída, ela explicava que haveria um complexo de culpa introduzido na Igreja… a chamar a “Igreja do passado” como sendo opressiva, autoritária, cheia de prejuízos, arrogante em reivindicar ser a única dona da verdade e responsável por divisões de comunidades religiosas ao longo dos séculos. Isso seria necessário a fim de constranger os líderes da Igreja a uma “abertura para o mundo” e para uma atitude mais flexível em direção a todas as religiões e filosofias. Os comunistas iriam então explorar essa abertura a fim de minar a Igreja”.
(13) Em uma entrevista de 1990, o Pe. Malachi Martin comentou: “Hoje em dia, em muitas igrejas, se você encontrar a confissão, que pode ser difícil, você pensa que se trata de uma conversa entre você e o padre. Às vezes ele caminhará com você no jardim e conversará com você. É um bate-papo amigável entre pessoas. Originalmente, você ia a um padre para ser absolvido de seus pecados. Hoje em dia, a crença é que o padre não dá absolvição alguma. Você sente muito por seus pecados e ele lhe dá uma benção. A confissão acabou! A confissão acabou porque o pecado acabou.”
(14) Em uma entrevista de 1991, o Pe. Malachi Martin afirmou: “Dentro da Igreja, há um corpo substancial de bispos e cardeais que são completamente contrários a duas coisas. Eles são contrários à Missa Romana da maneira que a conhecemos antes do Vaticano II e eles são contrários a qualquer coisa relacionada à Nossa Senhora. Eles não querem quaisquer notícias sobre Fátima. Eles não querem quaisquer notícias sobre Akita. Eles não querem nem mesmo quaisquer notícias sobre Lourdes. Há um esforço internacional coordenado para atacar e denegrir Fátima e colocá-la em uma dimensão menor. Este é um sinal da atividade de Satanás. A coisa mais patética e assustadora para mim é me deparar com paróquias inteiras que nunca ouvem que a Missa é o sacrifício do Calvário. Sob a liderança do pároco e sob as ordens do bispo, os catecismos paroquiais, livros religiosos e sermões refletem todos um abandono da Fé. As crianças não conhecem o seu catecismo. Elas não conhecem as doutrinas básicas da Igreja. Elas não são mais católicas, mas elas não sabem disso. Essa é a devastação da Igreja de Cristo. Se você me perguntar qual é realmente a causa fundamental da derrocada da Igreja, minha resposta é que esta é a interrupção e destruição da Missa.”
(15) Em uma entrevista de 1990 e 1991, o Pe. Malachi Martin afirmou ainda: “Hoje em dia, muitos bispos e padres são apóstatas. Eles não são mais católicos. Católico significa alguém que sabe que a Missa é o sacrifício do Calvário, tem devoção à Nossa Senhora, é devoto do Santo Padre, reza e cumpre as leis da Igreja. Hoje em dia, não temos esse tipo de clero católico em muitos lugares. Há centenas de bispos que estão fora da Igreja em sua doutrina e ensinamento. Então, há o comportamento dos bispos. Há bispos homossexuais nos Estados Unidos, que têm acompanhantes sabidamente homossexuais em suas casas.”
Não é sem razão que São João Crisóstomo, Doutor da Igreja, declara: “Os corredores do inferno estão pavimentados com crânios de bispos.”
(16) Em 13 de dezembro de 2005, o Pe. Bob Hoatson impetrou uma ação judicial contra o Cardeal Edward Egan de Nova York e nove outras autoridades e instituições católicas, reclamando um padrão de “retaliação e assédio” que teve início depois que Hoatson alegou um acobertamento de abuso de clérigos em Nova York e começou a ajudar as vítimas. O Pe. Hoatson alegou que o Cardeal Egan é “homossexual ativo” e que ele tem “conhecimento pessoal disso”. Sua ação judicial indicou como gays ativos outros dois clérigos católicos de alto escalão na região — o bispo de Albany, Howard Hubbard e o arcebispo de Newark, João Myers. O Pe. Hoatson afirma que bispos ativamente gays estão com muito medo de serem eles mesmos expostos para entregar padres pedófilos. A homossexualidade escondida dos bispos, conforme a ação judicial afirma, “afetou a capacidade dos réus de supervisionar e controlar predadores, e serviu como motivo para a retaliação.”
Só recentemente, o Hartford Courant relatou que durante os doze anos do Cardeal Egan como Bishop de Bridgeport, ele repetidamente deixou de investigar padres onde havia sinais óbvios de abuso. A Diocese de Bridgeport teve que liquidar os casos e indenizar as vítimas em cerca de $12-15 milhões em danos. Ao se referir a um caso de negligência inacreditável, de acordo com o Hartford Courant, em 1990, Egan recebeu um memorando sobre “um padrão de acusações em desenvolvimento” de que o Rev. Charles Carr de Norwalk havia acariciado meninos. Egan manteve Carr trabalhando por mais cinco anos, e somente o suspendeu depois que uma ação judicial foi impetrada, e, então, em 1999 ele o designou como capelão no hospital de Danbury. Como assim? O Connecticut Post também reportou que no início do seu reinado, dezenas de pessoas chegaram a acusar o Rev. Raymond Pcolka de Greenwich de abuso sexual e violência contra crianças. Egan reclamou que nunca foi “comprovado” que os acusadores estavam dizendo a verdade. Bem, Egan nunca nem mesmo se incomodou em entrevistá-los e manteve Pcolka no apostolado.
Escrevendo para o Business Insider, em 8 de fevereiro de 2012, Michael Brendan Dougherty, que viveu na Arquidiocese de Nova York sob o reinado do Cardeal Egan, salienta que Egan efetivamente puniu alguns padres, mas não molestadores de crianças. Ele puniu rapidamente e expulsou aqueles padres católicos que celebravam a Missa Tradicional em Latim, se ele achava que eles não lhe prestavam bastante deferência. De acordo com Dougherty, Egan mimava abusadores de crianças e perseguia padres decentes durante o seu ignominioso reinado como Príncipe da Igreja.
(17) O trecho a seguir foi extraído de um artigo publicado pelo Eric Giunta, em 21 de abril de 2010, na RenewAmerica.com. Em 2004, um grupo de católicos leigos preocupados da Arquidiocese de Miami constituíram-se a si mesmos uma organização leiga de “cães de guarda”, sob o nome de Christifidelis. Eles se motivaram a agir assim por aquilo que alegaram ser uma supercultura gay governando a arquidiocese. As alegações incluíam que: a vasta maioria dos sacerdotes da Arquidiocese são gays sexualmente ativos, muitos padres estavam utilizando os fundos paroquiais de maneira indébita para viver estilos de vida exorbitantes, e o Arcebispo Favalora e o vigário geral Monsenhor William Hennessey estão implicados nesta supercultura. Em 20 de abril de 2010, a Santa Sé forçou Favalora a apresentar a sua renúncia.
Há centenas de páginas de documentação consistindo grandemente de testemunho anônimo acusando diversos padres diocesanos de promiscuidade arbitrária e crimes financeiros durante o curso do reinado de Favalora. Um antigo padre da Arquidiocese de Miami observou: “Você não poderia dirigir a Arquidiocese sem o clero gay, nem a Arquidiocese de Miami ou qualquer outra.”
Gaude, María Virgo, cunctas hǽreses sola interemísti in univérso mundo.
Fonte: http://fratresinunum.com/