| 18 Janeiro 2016 - do Mídia Sem Máscara
Artigos - Educação
Artigos - Educação
O governo do PT alinha-se ao pensamento fundante da ideologia de gênero: a família não está devidamente preparada para a orientação sexual e familiar dos filhos.
A educação das crianças na escola, não somente pública mas também privada e confessional, era a última barreira a ser vencida pela revolução sexual e de costumes que o governo do PT dissemina.
Crianças
de escolas públicas e privadas que estudarem com os livros didáticos de
2016 do MEC para a primeira fase do Ensino Fundamental serão informadas
sobre arranjos familiares de gays e lésbicas, com adoção de filhos.
Elas tomarão conhecimento também de bigamia, poligamia, bissexualismo e
transsexualismo. Aprenderão a observar melhor os próprios corpos e os
corpos dos outros através de exercícios em sala de aula, orientadas pelo
livro didático. Os livros também lhes dirão das doenças sexualmente
transmissíveis e dos mais diferentes métodos anticonceptivos. A
ministração desses conteúdos se inicia já no 1º ano, com alunos de 6
anos de idade e, numa gradação de complexidade, estende-se ao 5º ano,
quando os alunos têm 10 anos.
Para a produção deste artigo, foram verificados livros de apenas onze editoras, das dezenove que tiveram suas obras recomendadas pelo Programa Nacional do Livro Didático/2016, do Ministério da Educação. Constatou-se que as onze editoras observadas trazem em alguns de seus livros o tema da Orientação Sexual e Familiar, de acordo com a ideologia de gênero.
A estratégia pedagógica para o ensino desse conteúdo durante essa fase de estudos obedece ao princípio da repetição exaustiva do conteúdo. Durante o mesmo ano letivo o aluno ouvirá, lerá e fará exercícios seguidas vezes sobre o referido tema com professores e disciplinas diferentes: Geografia, Ciências, História, Ciências Humanas e da Natureza, etc. O discurso único na diversidade de disciplinas e professores confere maior credibilidade ao conteúdo. Além das aulas expositivas, os próprios livros encaminharão os alunos para atividades complementares sob a orientação dos professores como: leitura de livros, filmes, músicas, debates e produção de cartazes.
Trata-se da aplicação do princípio segundo o qual uma história, mesmo que fantasiosa, quando repetida várias vezes, adquire valor de verdade. Neste caso, o esforço do MEC é para atender os objetivos de desconstrução da heteronormatividade e do conceito de família tradicional previstos no Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH3), assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 21 de dezembro de 2009.
O artigo 226 da Constituição é ignorado completamente pelo material didático produzido pelo próprio governo quando se refere à formação de família. Enquanto a Constituição elege como base da sociedade a família que é formada pelo casamento entre "um homem e uma mulher", os livros ensinam às crianças que não há um modelo padrão de família e que o casamento é a união de "duas pessoas", independente do sexo.
Mas o MEC também desconsidera a vontade majoritária do povo expressa por meio de seus representantes nos três níveis parlamentares, quando das votações dos Planos Nacional, Estaduais e Municipais de Educação. Nessas ocasiões, a inserção da ideologia de gênero nos planos de educação foi severamente combatida e rejeitada pela maioria dos parlamentares. Como se não bastasse, esse tema para o ensino da moral sexual das crianças na escola é amplamente reprovado pela maioria esmagadora da população, como demonstram pesquisas universais de opinião.
Ao afastar compulsoriamente a família dessa responsabilidade educadora para assumir o seu lugar, o governo do PT alinha-se ao pensamento fundante da ideologia de gênero: a família não está devidamente preparada para a orientação sexual e familiar dos filhos. Isto porque não acompanha as mudanças sociais, é portadora de tabus e preconceitos arraigados em função da influência que recebe da tradição familiar e da religião.
A educação das crianças na escola, não somente pública mas também privada e confessional, era a última barreira a ser vencida pela revolução sexual e de costumes que o governo do PT dissemina. Pelo visto ela foi vencida agora com a chegada desses livros, a menos que haja uma reação incisiva e qualificada da sociedade civil, declaradamente contrária à esse projeto, que busque proteger à integridade física, moral, emocional e psicológica das crianças em idade escolar.
Deixando a formalidade textual para encerrar o artigo, a palavra se abre para os pais de crianças em idade escolar, de cada cidade do país. Têm direito também a ela os parlamentares que na Câmara dos Deputados, no Senado, nas Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores debateram e votaram contra a inserção da Ideologia de Gênero nos planos de educação. Ao Ministério Público cabe o direito natural desse tipo de defesa pública. Que essas vozes se levantem contra a intenção de fazer das crianças da atual geração, cobaias para um projeto ideológico.
Orley José da Silva, professor em Goiânia, é mestre em letras e linguística (UFG) e mestrando em Estudos Teológicos (SPRBC). Edita o blog 'De Olho no Livro Didático'.
Imagens de alguns desses livros:
Seguem mais imagens retiradas dos próprios livros:
Qual
o interesse dos autores do livro didático de escolherem apresentar às
crianças uma família polígama? Não seria um trabalho de "normalização"
para as crianças desse tipo complexo de união que os "progressistas"
insistem em legalizar no país? É de notar a maneira positiva que essa
família é mostrada na fotografia.
As diferentes famílias mostradas no mesmo espaço passam a impressão de naturalidade às crianças.
Uma família brasileira do século XXI, ou seja, avançada. Alguém consegue defini-la?
Este
exercício refere-se ao contexto da fotografia acima. Observem que fala
sobre direitos relacionados a temas abstratos, alguns de difícil alcance
ainda para as crianças. Toca em crença religiosa, sexualidade e depois
fazem a seguinte pergunta: Voces defendem a liberdade de as pessoas
pensarem e agirem como quiserem? Certamente a questão tenta justificar o
"avançado" modelo de família da foto com o argumento de que as pessoas
têm liberdade para agirem como quiserem. Mas e as crianças? Elas têm
essa mesma liberdade? O texto pretende instigar esse desejo de liberdade
nelas, ou seja, de agirem como quiserem na vida sem a interferência de
terceiros? O direito de agir como quiser é um direito pelo qual as
crianças devem lutar? Vocês também não acham que tanto a foto (se é que
ela representa uma união amorosa de 3 pessoas) quanto as perguntas do
questionários sejam inadequadas para o nível de maturidade física e
psicológica das crianças?
O
MEC considera que alunos com 10 anos de idade já estão em atividade
sexual para apresentar-lhes métodos anticonceptivos? Ele acha que alunos
com 10 anos de idade já frequentam baladas e se relacionam sexualmente
com qualquer pessoa? Essa criança pode dirigir-se à unidade de saúde e
requisitar uma camisinha? Os funcionários da unidade de saúde também
concordam em fornecer esse tipo de material para crianças de 10 anos?
Esses infantis precisam fazer testes de aids, sífilis e hepatites
virais, provavelmente adquiridos em relações sexuais? Mas este cartaz é
direcionado justamente para as crianças dessa idade!
Todo
discurso é ideológico porque suas partes constitutivas são escolhidas
dentre as diversas possibilidades pelos sujeitos. E as escolhas são
seletivas, intencionais e passíveis de questionamento. Pois bem. Os
autores dos livros, ao apresentarem os pares gays e lésbicos, em todas
as fotos, procuraram gente de boa aparência, bem vestidas e demonstrando
felicidade. As crianças, em situação de segurança, passeando, brincando
e alegres. Já com as famílias tradicionais, o mesmo cuidado não é
percebido em todas as fotos. Tudo isto conta para formar a opinião da
criança.
Esta
é uma forma de conhecer e perceber o corpo de si e do outro. Para
mapear o corpo, é necessária a ajuda do outro. É preciso passar o
marcador rente ao corpo. Esta é uma técnica que ajuda a desinibir e
perder o receio de aproximar-se e tocar no outro. Uma maneira também de
naturalizar a atenção e o afeto mútuo. Meninos mapeiam meninas, e
vice-versa, meninas mapeiam meninas e meninos, outros meninos.
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